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SMED – Single Minute Exchange of Die
Ref.: http://www.apostilasdaqualidade.com.br/ferramentas/smed-single-minute-exchange-of-die/
Shigeo Shingo desenvolveu o conceito realizando consultorias para diversas montadoras de automóveis japonesas que queriam eliminar os gargalos das linhas de prensas. Observou que os gargalos eram causados por longos e demorados processos de mudança das prensas que impactavam no tamanho dos lotes produzidos.
O tempo setup num posto de trabalho, não traduz uma operação de valor acrescentado para o produto.
A redução do Single Minute Exchange of Die, produz efeitos imediatos e diretos no aumento do tempo disponível para a produção e na redução do tempo efetivo do ciclo produtivo. Assim sendo, analisa-se um incremento visível na produtividade e ainda uma adaptação nas proporções de produção às flutuações da procura, numa óptica de JIT (Just In Time).
Alguns dos principais problemas observados por Shigeo Shingo, prendiam-se nos tempos denominados de NAV (atividades que não agregam valor a produção) eram elevadas e que o principal motivo era a frequente necessidade de mudança das ferramentas da prensa sempre que se terminava um lote e era necessário começar um novo. Ao analisar o trabalho diário dos operadores, Shigeo Shingo identificou que as operações centravam-se essencialmente em duas categorias:
Internas – montagem e desmontagem que só eram possíveis com a máquina parada;
Externa – transporte entre a área de armazenagem das peças e a máquina, podendo este ser efetuado com a máquina em funcionamento.
Assim sendo, o primeiro passo do SMED, foi referenciado como sendo a definição de processos detalhados, que permitisse que todos os elementos necessários para executar eficaz e eficientemente a mudança de peças na máquina estivessem junto desta no exato momento de conclusão do primeiro lote.
Um segundo passo, centrou-se na análise e readaptação das operações internas em operações externas e uma redefinição das tarefas a serem efetuadas com a máquina parada.
A sequência do procedimento base de mudança de ferramentas:
Etapa 1: Preparação, ajustamento, verificação de matérias-primas, ferramentas, etc. Ou seja, garantir que todos os materiais, tanto matéria-prima como ferramentas associadas à laboração normal e eficiente da máquina, estejam junto desta.
Etapa 2: Montar e desmontar as ferramentas, desmontar a ferramenta anterior e montar a nova necessária ao processo seguinte.
Etapa 3: Medições, ajustes e calibrações.
Etapa 4: Realização de provas de produção, realizar peças teste, consoante os resultados efetuar todos os ajustamentos necessários.
Com a aplicação da TRF, alguns desses benefícios são obtidos, tornando a empresa mais competitiva, podendo ainda ampliar tais benefícios através da implementação de mais melhorias, dado que o mercado exige cada vez mais uma maior eficiência na gestão de seus recursos de produção.
(postagem 110)
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