quarta-feira, 26 de novembro de 2014

5 maneiras de ser menos irritante

Gestão












5 maneiras de ser menos irritante

Fonte:  https://georgenunes.wordpress.com/2014/11/24/5-maneiras-de-ser-menos-irritante/


O primeiro passo para o crescimento de uma boa carreira é reconhecer o quanto suas habilidades sociais são importantes. Por definição, uma carreira é uma super maratona de habilidades sociais.

Para alguém com pouca habilidade social, não é suficiente lidar com o problema; para ter sucesso no trabalho, você precisa de algumas orientações, fazer a ponte entre suas habilidades sociais e a dos outros.

Assim aqui estão algumas regras concretas para se sair melhor no trabalho, se você tem a síndrome da inabilidade social.


Passe uma quantidade limitada de tempo com as pessoas.

Uma das coisas que é alarmante para as pessoas com habilidades sociais é como alguém com a síndrome têm tão poucos amigos e relacionamentos.

Nunca ouvi alguém com inabilidade social reclamar disso, não é algo que sentimos como uma perda. Nós só precisamos de uma pequena quantidade de intimidade com os outros em nossas vidas.

A maneira de lidar com isso é passar menos tempo com as pessoas. Podemos ser normais em pequenas doses. Podemos ser encantadores em pequenas doses. Então, saia para jantar, mas, em seguida, vá para casa. Vá ao piquenique da empresa, mas fale com as pessoas só um pouco. Em seguida, saia.

No trabalho você não precisa gastar muito tempo com as pessoas. Você pode ser o inteligente, mas estranho, contanto que não seja muito estranho. Conviva com as pessoas um pouco. Em seguida, volte para sua sala.


Não fale com o seu chefe sobre sua deficiência.

As pessoas não se preocupam com os seus problemas pessoais. Além disso, seu chefe não vai saber o que fazer.

Em vez disso, faça perguntas ao chefe sobre situações sociais. Devo enviar um e-mail de agradecimento a esse cliente? Se ele disser sim então você faz.

Quando faz perguntas específicas sobre situações sociais, seu chefe percebe e fica mais tranquilo que você está ciente do problema e que aceita conselhos. Isso ajuda quando seu chefe observar você agindo como um idiota social. Você vai diferenciar-se da multidão quando pedir ajuda.


Seja muito bom no que faz.

Eu escrevo obsessivamente sobre o quão importante é ser uma estrela no trabalho. Na verdade é mais importante para pessoas com inabilidades sociais. Esta é a única maneira de permanecer empregável. Você sempre vai ser difícil de lidar. Você precisa fazer valer a pena o tempo dos outros.

Muitas vezes, as pessoas que são agradáveis não precisam ser boas no que fazem. As pessoas adoram estar ao redor delas. E é justo, porque alguém que todo mundo gosta, na verdade, faz a equipe mais produtiva.

As pessoas que se destacam, que são ótimas no que fazem muitas vezes são estranhas e pensam de maneira diferente. É o que faz elas se destacarem. Assim, quanto mais você é bem sucedido em sua carreira, mais é esperado que seja um pouco diferente.


Faça a política de escritório sendo totalmente direto.

Existe a política de escritório em todos os escritórios. Porque a política de escritório é o que faz as pessoas se darem bem. Se você tem a síndrome da inabilidade social, não tem como reconhecer todas as sutilezas sociais que ocorrem em um escritório: o vingativo, o agressivo, o passivo, é tudo muito complicado. Então, não jogue esse jogo, seja transparente e direto. Infelizmente, muitas vezes vai parecer que você é insensível.

Você precisa olhar para o rosto das pessoas. E se você tem uma reação ruim quando diz algo a alguém, mesmo se você achar que não é uma coisa ruim para dizer, você precisa parar e se perguntar se você feriu os sentimentos dessa pessoa.  Me pergunto isso quatro ou cinco vezes ao dia. “Você está com raiva?” A maioria das vezes as pessoas se surpreendem que eu não saiba. Mas eu continuo a perguntar. Não há outra maneira de descobrir.


Não fique frustrado pelas regras.

Recentemente, eu estive lembrado sobre o quão difícil é aprender as regras de namoro. Eu ficava frustrado sobre o namoro. Eu não entendia por que as pessoas bebem em um encontro. Eu não entendia por que não dizer, no início do encontro, que você quer ter relações sexuais e dizer só no final.

O melhor a fazer é apenas fazer o que as outras pessoas estão fazendo. Não faz sentido, mas tente se encaixar.

Existem regras como estas também no escritório. Simplesmente as siga. Não pergunte por que existem. Não vão fazer sentido mesmo, mas tudo bem.

(postagem 209)

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Eça de Queiroz

Leituras













Eça de Queiroz

Eça de Queiroz (1845-1900) foi um escritor português. "O Crime do Padre Amaro" foi o seu primeiro grande trabalho, marco inicial do Realismo em Portugal. Foi considerado o melhor romance realista português do século XIX. Eça foi o único romancista português que conquistou fama internacional nessa época. Foi duramente criticado por suas críticas ao clero e à própria pátria. A crítica social unida à análise psicológica aparece também nos livros "O Primo Basílio", "O Mandarim", "A Relíquia" e "Os Maias".

Eça de Queiroz nasceu no dia 25 de novembro, na cidade de Póvoa de Varzim, Portugal. Filho do brasileiro José Maria Teixeira de Queiroz e da portuguesa Carolina Augusta Pereira de Eça. Ingressou em 1861 na Universidade de Coimbra, onde em 1866 se formou em Direito.

Exerceu a advocacia e o jornalismo em Lisboa. Em Lisboa revelou-se como escritor no folhetim da Gazeta de Portugal. Em 1870, com a colaboração do escritor Ramalho Ortigão, escreveu o romance policial "O Mistério da Estrada de Sintra", e em 1871 "As Farpas", sátiras à vida social, publicadas em fascículos.

Em 1873 ingressa na carreira política e em 1872 é nomeado cônsul em Havana, e em 1874 é nomeado cônsul na Inglaterra.

O romance "O Crime do Padre Amaro", publicado em 1875, foi o marco inicial do Realismo em Portugal. Nele, Eça faz uma crítica violenta da vida social portuguesa, denuncia a corrupção do clero e da hipocrisia dos valores burgueses. A crítica social unida à análise psicológica aparece também no romance "O Primo Basílio", publicado em 1878, em "Mandarim", 1880, e em "Relíquia", 1887.

Em 1888 foi nomeado cônsul em Paris, ano que publica "Os Maias". Nesse romance observa-se uma mudança na atitude irreverente de Eça de Queiroz, o autor "deixa transparecer os mistérios do destino e as inquietações do sentimento, as apreensões da consciência e os desequilíbrios da sensualidade"

Surge então uma nova fase literária, em que Eça deixa transparecer uma descrença no progresso. Manifesta a valorização das virtudes nacionais e a saudade da vida no campo. É o momento dos romances "A Ilustre Casa de Ramires" e "A Cidade e as Serras", e o conto "Suave Milagre" e as biografias religiosas.

José Maria Eça de Queiroz morreu em Paris, no dia 16 de agosto de 1900.

Vamos ler um trecho do conto “O Milhafre”, publicado no livro “Últimos Contos”.


O Milhafre
(Eça de Queiroz)

Um dia um homem entrou numa casa arruinada. No portal havia um nicho com um santo de pedra, que lia uma Bíblia, também de pedra, Em redor, na beira dos telhados, nas fendas das pedras, no canto do nicho, havia ervas molhadas e verdes, e ninhos de andorinhas. O santo tinha sempre as suas pálpebras de pedra descidas sobre o livro sagrado. Passavam as cavalgadas, os enterros silenciosos, os noivados, os cortejos, a pompa dos regimentos, e o santo lia atentamente o seu livro de pedra.

Vinham defronte dançar saltimbancos, passavam as frescas serenatas, vinham dos montes rebanhos e ceifeiras; o santo tinha os seus olhos de pedra sobre as páginas inertes. As devotas, lentas e desfalecidas, beijavam-lhe os pés nus, os homens severos saudavam-no, as crianças olhavam-no com os seus grandes olhos inanimados, os cães ladravam-lhe à calva: o santo, curvado, seguia o espírito de Deus por entre as letras do livro.

Passavam os fardos, os mercadores crestados pela indústria, os poetas lânguidos que desfalecem nas cançonetas, os histriões que cantam nos tablados, mulheres mais preciosas que o âmbar, os sábios, os mendigos, as virtuosas e as melodramáticas: — e o santo lia o seu livro profético.

Ora as torres gloriosas, as bandeiras, os ciprestes — ais de folhagem — os homens, perguntavam entre si: — “Que lê tão atentamente aquele santo, que nem sequer nos olha?” E os enxurros, que passam rosnando, diziam: — “Que lê tão devotamente aquele santo, que nem sequer nos escuta?”

Ora o santo lia assim. De noite, quando as bandeiras caem de sono, quando os homens estão cheios de comida e de inércia — a Lua, que ao nascer é material e metálica como uma moeda de ouro nova, depois, na suavidade do azul, é tão pura, tão imaculada, tão consoladora, como uma chaga de Cristo por onde se lhe visse a alma. A essas horas, uma criança, tão pobre e tão esfarrapada como o antigo pastor S. João, vinha deitar-se junto do nicho do santo. E então, o santo afastava um pouco o livro, e toda a noite ficava cobrindo, com a grande luz dos seus olhos, aquela criança miserável, adormecida sobre as lajes.
(...)


(postagem 208)

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

5 passos para viajar de bicicleta

Bike













5 passos para viajar de bicicleta

http://www.ondepedalar.com/cicloturismo/item/5786-5-passos-para-viajar-de-bicicleta


Dicas para fazer a primeira cicloviagem

Vontade

Primeiro é preciso querer fazer a viagem. 90% de uma viagem com certo grau de aventura é resolvida na vontade.
Por mais preparado, ou por mais que você gaste com equipamentos de primeira, perrengues acontecem. SEMPRE.  E para resolver problemas inesperados é preciso que o espírito esteja preparado para tal. Inclusive pra fazer a viagem só, caso não apareça um companheiro com as mesmas ideias.

Pedalar

É preciso estar pedalando para enfrentar uma viagem. Seja esta viagem autônoma ou guiada por uma agência.
Quando falamos em pedalando, pode até ser spinning em academia ou passeio no parque, mas as pernas precisam ter alguma adaptação para o ciclismo.
O tipo de viagem que você vai poder fazer dependerá do quanto você pedala. Fazer Santiago de Compostela sendo um pedaleiro de parque ou academia, esqueça.
Os exemplos acima, lhe credenciam pra fazer uma viagem guiada e bem leve, talvez só por praias, mas já é um começo.
O ponto ideal para suportar viagens autônomas é estar confortável com um pedal de 40 km durante um dia inteiro.

Pesquisar

Não sendo uma viagem guiada, pesquisar e perguntar é algo fundamental para fazer cicloturismo.
Nada contra o cicloturismo com agências, que é também divertido, mas sair por aí de bike sem ter alguém dizendo onde parar ou o que fazer é algo muito mais rico. E para isso é necessário ser curioso e gostar de descobrir coisa nova todo dia. Esse aprendizado começa antes da partida, perguntando a quem foi, pesquisando e coletando informações.
Alguns diriam que esta etapa seria o planejamento, mas em uma viagem autônoma você decide onde começar e onde terminar para saber a distância. Depois divide esse valor por sua média diária para saber quantos dias pedalando, soma um ou dois de reserva e tem o total de dias. O resto é coletar informações dos lugares por onde vai passar e partir, portanto pesquisar acima de tudo. Ficar fazendo planilha de onde vai dormir todo dia é bobagem.
Deixe a viagem acontecer.

Se equipar

Compra a bike mais cara não é garantia de uma viagem sem problemas mecânicos. Pode ser exatamente o contrário.
Conjuntos mais precisos suportam menos peso e condições adversas. Se algo sofisticado der problema no meio do nada, tudo complica.
Bicicleta de cicloturismo deve ser confortável e resistente.
Nos acessórios, preço maior, pode sim significar mais conforto.
Quanto maior for a viagem, mais um equipamento que resolva de primeira um problema é melhor. Um alforje estanque onde você não precise ficar ensacando duplamente sua roupa, peças de vestuário com tecidos especiais que esquentam e secam rápido facilitam a vida e pesam menos, lanternas que realmente iluminam sem consumir muita bateria, etc.
Pesquise e peça dicas de quem realmente já usou em viagem os produtos. Pitaco qualquer um de grupos de internet sabe dar.

Testar

Quanto achar que tem o kit ideal, teste em uma viagem curta. Se o projeto é um pedal de uma semana, faça um de dois dias usando tudo. De malabike a acampamento. Se for de 20 dias, faça um teste de 4 dias perto de casa. Assim você evita deixar peças de roupa em arbustos no meio do caminho ou fazer doações involuntárias no meio da viagem. Eu já vi isso acontecer.

Depois disso é só marcar a data e partir.
Sempre vai faltar algo, afinal perrengue faz parte da brincadeira.
Improvise, se descubra um revolvedor de problemas como nunca achou que fosse e divirta-se.
O máximo que pode acontecer é você ficar sem voz na volta de tanto contar histórias para os amigos.

(postagem 207)

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Paulinho da Viola

Músca














Paulinho da Viola

Filho do músico Cesar Faria, Paulinho da Viola cresceu num ambiente naturalmente musical. Na sua infância em Botafogo, bairro tradicional da zona sul do Rio de Janeiro onde nasceu em 12 de novembro de 1942, teve contato constante com a música através do pai, violonista integrante do conjunto Época de Ouro. Nos ensaios familiares do conjunto, Paulinho conheceu Jacob do Bandolim e Pixinguinha, entre muitos outros músicos que se reuniam para fazer choro e eventualmente cantar valsas e sambas de diferentes épocas.

Ao longo dos anos 70, Paulinho gravou em média um disco por ano, ganhou diversos prêmios e se apresentou por diversas cidades no Brasil e no mundo. Já nos anos 80, gravou mais quatros discos e manteve-se como um dos principais nomes do samba no país. Nos anos 90, entrou numa nova fase, onde a imprensa e os críticos passaram a vê-lo como um músico mais sofisticado e maduro. Mesmo sem perder seu apelo popular, Paulinho gravou um de seus mais importantes trabalhos, Bebadosamba e montou o espetáculo homônimo.

O trabalho de Paulinho hoje é visto como um elo entre diversas tradições populares como o samba, o carnaval e o choro, além de suas incursões em composições para violão e peças de vanguarda. Um dos maiores representantes do samba e herdeiro do legado de músicos como Cartola, Candeia e Nelson Cavaquinho mostra que está sempre se renovando e produzindo sem abandonar seus princípios e valores estéticos.

Vamos ler e ouvir um dos seus grandes sucessos.


Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida
(Paulinho da Viola)

Se um dia
Meu coração for consultado
Para saber se andou errado
Será difícil negar
Meu coração
Tem mania de amor
Amor não é fácil de achar
A marca dos meus desenganos
Ficou, ficou
Só um amor pode apagar
A marca dos meus desenganos
Ficou, ficou
Só um amor pode apagar...

Porém! Ai porém!
Há um caso diferente
Que marcou num breve tempo
Meu coração para sempre
Era dia de Carnaval
Carregava uma tristeza
Não pensava em novo amor
Quando alguém
Que não me lembro anunciou
Portela, Portela
O samba trazendo alvorada
Meu coração conquistou...

Ah! Minha Portela!
Quando vi você passar
Senti meu coração apressado
Todo o meu corpo tomado
Minha alegria voltar
Não posso definir
Aquele azul
Não era do céu
Nem era do mar
Foi um rio
Que passou em minha vida
E meu coração se deixou levar
Foi um rio
Que passou em minha vida
E meu coração se deixou levar
Foi um rio
Que passou em minha vida
E meu coração se deixou levar!


Ouvir












https://www.youtube.com/watch?v=LAEXGgWXphs

(postagem 206)

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Sua empresa precisa de um sistema imunológico!

Qualidade














Sua empresa precisa de um sistema imunológico!

Fonte: http://www.blogdaqualidade.com.br


Todos os organismos vivos têm um sistema imunológico que os defende dos milhões de bactérias, vírus, toxinas e parasitas que tentam invadi-los o tempo todo. É um sistema complexo, formado por várias partes que atuam com enorme autonomia.
Nos seres humanos, por exemplo, o sistema inclui barreiras de defesa como a pele, a saliva e as lágrimas, mecanismos de limpeza, como sistema linfático e elementos de ataque, como uma grande variedade de células brancas e anticorpos.

O sistema imunológico é capaz de agir instantaneamente em qualquer parte do organismo, assim que algum perigo se apresente. Sensores movimentam-se o tempo todo no corpo e reconhecem imediatamente o que é e o que não é parte dele. Diante de uma ameaça, o sistema inicia uma ação local instantânea. Simultaneamente, outros componentes do organismo são colocados em alerta e passam a cooperar para eliminar o problema. O sistema imunológico está o tempo todo em movimento, desde as suas barreiras mais externas (por isso não acordamos pela manhã com uma camada de bolor sobre nós: a maioria das bactérias e esporos que se depositam são eliminados pelas substâncias bactericidas secretadas pela pele) até os anticorpos (que imediatamente migram para qualquer ponto em que o corpo esteja sendo atacado).

As organizações precisam de um tipo de mecanismo que permita o mesmo dinamismo de velocidade e ação que o sistema imunológico, onde a maior parte da energia deve estar alocada a atividades-fim, respostas locais velozes e eficazes. O sistema imunológico não “desperdiça” tempo em racionalizações, explicações, hesitações. Se assim fosse, o organismo não resistiria às sucessivas tentativas de invasões e ataques. Do mesmo modo, as organizações regidas pelo movimento e pela velocidade não desperdiçam tempo com excesso de conversas e explicações. E não é um radicalismo, não é questão de fazer tudo na loucura, é questão de agir para o benefício da atividade-fim com tempo hábil e propício para ganhar competitividade, pois focado na ação e auferem os benefícios de estarem sempre à frente.

Não esquecendo que o corpo humano é um sistema complexo e está hábil para reagir aos perigos e problemas, não vai adiantar você tentar implantar isso na sua organização se o nível de maturidade e competência for baixa, obviamente vai fracassar, por isso é necessária baixa velocidade interna para preparar a equipe e gerar um sistema imunológico capaz de trazer inovações. A velocidade e movimento é resultado de uma ação de competência e comunicação interna muito maior.

(postagem 205)

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Bê-a-Bá do corredor - Parte 3

Corrida e Caminhada













Bê-a-Bá do corredor
Parte 3

Para quem começou agora, veja esse dicionário com os termos mais utilizados na corrida. Estamos fazendo a postagem em três etapas, iniciamos com o post do dia 24 de setembro, prosseguindo com o post de 13 de outubro e estamos finalizando hoje. Boa leitura e bom proveito.

A corrida possui um vocabulário específico, e não saber algumas palavras pode deixar um atleta “boiando” nas conversas durante os treinos e provas, ou sem entender uma instrução do seu treinador. Para acabar com qualquer dúvida reunimos em um pequeno dicionário os principais bordões utilizados nas ruas do Brasil.

Macrociclo: ciclo mais amplo da periodização, que engloba 100% do treinamento para um objetivo específico do corredor. Composto por vários mesociclos, é dividido em período de base, específico, competitivo e de transição.

Macronutrientes: são nutrientes de que o organismo necessita diariamente em maior quantidade para realizar suas principais funções. Fazem parte deste grupo carboidratos, proteínas e lipídios.

Marcha atlética: esporte olímpico. É uma caminhada em alta velocidade, em que o atleta não pode tirar os dois pés do solo ao mesmo tempo.

Mesociclo: ciclo médio da periodização, que engloba de três a quatro semanas de treinamento para um objetivo específico. É composto por vários microciclos, e suas variações de intensidade e volume visam a melhora da performance do atleta.

Metabolismo basal : é a quantidade mínima de energia (calor) que corpo humano gasta em repouso para realizar suas funções básicas, como manter a temperatura corpórea, a respiração e a circulação sanguínea.

Microciclo: menor ciclo da periodização, que engloba uma semana do treinamento para um objetivo específico.

Micronutrientes: nutrientes requeridos pelo organismo em pequenas quantidades, mas essenciais para as funções do corpo. Fazem parte deste grupo as vitaminas e os minerais.

Musculação: conjunto de exercícios realizados com auxílio de equipamentos destinado a aumentar a força muscular.

Nutrientes: substâncias essenciais para o bom funcionamento do organismo. São divididos em carboidratos, lipídios, proteínas, vitaminas e sais minerais.

Overtraining: ocorre quando o atleta exagera em seus treinamentos e não respeita o descanso adequado. Com isso, o corpo perde a capacidade de se recuperar e existe uma queda no rendimento. Seus sintomas são parecidos com as dores naturais de um treino forte, mas com o tempo os problemas aumentam e o corredor pode ter perda de apetite, dores frequentes, mudança de humor, cansaço excessivo e aumento da frequência cardíaca em repouso.

Pace (pronuncia-se “peice”): é o ritmo que o corredor imprime durante uma prova ou treino, medido em quilômetros por minuto (km/min).

Periodização: é a divisão do tempo total de preparação para um objetivo (macrociclo) em períodos menores (mesociclo e microciclo). Visa controlar melhor a intensidade, o volume do treino e o descanso.

Pipoca: atleta que participa de uma corrida sem ter feito a inscrição para a prova. Em algumas regiões do País este corredor também é conhecido como “pirata” ou “fantasma.

Postos de abastecimento: áreas montadas ao longo do percurso de uma prova com água, bebidas esportivas, frutas, alimentos e suplementos alimentares para que os corredores possam se reidratar e repor as energias durante ou após a corrida.

Propriocepção: é a capacidade de reconhecer a localização espacial das partes do corpo sem utilizar a visão. Permite o equilíbrio postural e a execução de várias atividades práticas do dia a dia.

Quebrar: palavra utilizada quando um atleta perde as forças e não consegue completar uma prova ou treino, ou precisa diminuir o ritmo para conseguir chegar até o final.

Regenerativo: treino de baixa intensidade que funciona como um descanso ativo para o corpo. Normalmente é feito no dia seguinte a uma atividade de alta intensidade, e ajuda a evitar lesões musculares e a possibilidade de overtraining.

Rodagem: treino de corrida com distância variável e ritmo constante com intensidade leve ou moderada.

Solto: corrida leve e sem se preocupar com o ritmo. Geralmente é utilizada no aquecimento, desaquecimento ou treino regenerativo.

Suplementação alimentar: é a ingestão de produtos industrializados com o intuito de fornecer ao organismo todos os nutrientes necessários durante o treinamento e para a recuperação pós-exercício.

Tempo run: é um treino contínuo de velocidade. Nele, o corredor percorre determinada distância em um ritmo contínuo e forte, apenas um pouco acima do que ele está acostumado a fazer em provas.

Teste ergoespirométrico: exame que mede os limiares, o VO 2 Máx e alguns outros parâmetros importantes para a prática de exercícios e a elaboração de um treino.

Trote: corrida em ritmo leve e agradável, em que a frequência cardíaca se mantém estável e, por isso, é possível realizar o exercício por um longo tempo.

Treino específico: é realizado em percursos com altimetria e temperaturas semelhantes às da prova, para que o atleta se acostume com as características que encontrará no dia da corrida.

VO 2 máximo: volume máximo de oxigênio que o corpo consegue consumir durante o exercício físico. É um indicador de potencial do atleta e pode ser melhorado com os treinos, mas cada indivíduo possui um limite natural.

(postagem 204)

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Resenha Literária: À mão esquerda

Resenha Literária














À mão esquerda

(Fausto Wolff)

Quem, como eu, viveu a década de 70 e, mais do que isso, quem foi adolescente na década de 70, certamente teve Fausto Wolff como ídolo.

Um dos editores do Pasquim, Fausto Wolff escrevia o que nós, adolescentes rebeldes, gostaríamos de falar. Aquela turma formada por ele, Jaguar, Ziraldo, Millor, Henfil, Paulo Francis, entre outros, lavava nossa alma gritando o que gostaríamos pelo menos de sussurrar.

Qual não foi minha alegria, portanto, ao cair em minhas mãos o livro À Mão Esquerda, um livro de Fausto Wolff que foi tão bem recomendado que, mesmo ao ver suas 500 páginas, eu não desanimei e passei a devorar palavra por palavra.

À Mão Esquerda mistura biografia com ficção, mistura personagens reais com nomes reais, como personagens reais com nomes fictícios e personagens que certamente são totalmente fictícios. Isso faz o livro se tornar extremamente saboroso, pois faz o leitor se interessar não só pela história contada, como pela história que envolve a trama, ou seja, a história do Brasil principalmente nos anos de chumbo.

Cada capítulo do livro é narrado por um personagem diferente e, muitas vezes, em épocas diferentes. Com isso a história dá saltos que deixam o leitor menos atento atrapalhado, principalmente no início, enquanto ainda não está familiarizado com os personagens que vão desde os pais e irmãos do personagem principal de nome Percival, até amigos deste, alguns antepassados e parentes próximos. O próprio Percival e um “narrador” são os que mais narram. O que nos ajuda bastante é que cada capítulo tem o nome do narrador do momento e o ano em que aquele capítulo se passa.

Pode parecer meio confuso, mas na verdade não é. O autor consegue levar bem essa história de vários narradores e aos poucos o leitor se situa e quer devorar capítulo por capítulo.

O romance narra a história de uma família de imigrantes alemães desde a antiguidade na Alemanha, passando pelo interior do Rio Grande do Sul, pela capital, chegando o personagem principal ao Rio de Janeiro e daí viajado pelo mundo todo, se exilando voluntariamente ou não, do regime militar que se implantou em 64.

O interessante da narrativa é exatamente essa viagem por anos, décadas e lugares diferentes, vistos pela visão de diferentes personagens.

O título diz respeito a um personagem citado de passagem em alguns momentos do livro e que se intitula “A mão esquerda de Deus” e mata personalidades importantes do país. Mas esse personagem, apesar de dar título ao livro, está longe de ser o personagem principal, nem mesmo um personagem vital à história ele é, embora o final do livro nos traga uma surpresa a respeito dele, a conclusão que eu chego é que se esse personagem não existisse a história não mudaria nada, apenas o título seria outro.

(postagem 203)

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Domínio emocional e o sucesso na carreira

Gestão












Domínio emocional e o sucesso na carreira

Fonte: http://www.dicasprofissionais.com.br
Por: Silvio Celestino

A mordida do jogador Suárez na partida entre Uruguai e Itália, nos faz refletir a que ponto alguém pode chegar em momento de pressão. Nas empresas, pessoas também agem de forma insana em situações extremas. Essas atitudes causam sérios danos a suas carreiras e aos indivíduos ao seu redor.

O mundo sempre requer mais de todos. As novas tecnologias nos pressionam a um processo permanente e, por vezes, desconfortável de aprendizado contínuo. Os chefes solicitam cada vez mais trabalho em menor tempo e nem sempre fornecem os recursos necessários. Boa parte dos funcionários são mal educados pelas famílias e escolas, e não estão preparados para ser liderados e trabalhar em equipe. E, finalmente, nós mesmos somos implacáveis conosco. Achamos que nunca somos o suficiente e que outros são melhores.

Isso tudo acarreta uma vida profissional de adversidades sucessivas e que atingem níveis insuportáveis de pressão e estresse. É quando as condições nos levam a um esgotamento que pode ser físico, mental, mas, também, emocional.

A causa disso é que somos muito focados em nosso desenvolvimento intelectual, mas nos esquecemos que, no longo prazo, precisamos dominar também nossas emoções. São elas que, em desequilíbrio, nos levarão a ações que prejudicarão de forma decisiva nossa carreira e, também, as pessoas que convivem conosco – no trabalho e em casa.

A solução passa, necessariamente, pelo autoconhecimento. Você não entra em uma academia de ginástica e inicia seu treino com pesos de 80 Kg. Primeiro você faz uma avaliação médica, depois começa seu desenvolvimento com pesos menores e, paulatinamente, aumenta a carga.

Do mesmo modo, se você é sério a respeito de seu desenvolvimento emocional, deve ser capaz de perceber que precisa se aprimorar. Pedir e ouvir com atenção feedback’s a seu respeito quando está sob pressão. Como você se comporta quando as coisas vão mal? O que você faz quando erra? E quando o mercado ou a empresa está em crise, você chama a responsabilidade para si, foge, ou culpa os outros pelos acontecimentos?

Com esses feedback’s você pode pedir a avaliação de profissionais de recursos humanos, consultores da área ou um psicólogo. Nos casos mais leves, onde o descontrole emocional deriva de sua falta de método para lidar com a agenda, a gestão de pessoas e de operações, utilize o auxílio de um mentor ou um coach. Eles contribuirão para que você aprenda a utilizar as melhores práticas com as questões de liderança e mesmo com as emoções derivadas de crenças improdutivas. Para as questões mais profundas, relacionadas a traumas do passado, por exemplo, você precisará de um profissional habilitado, neste caso um psicólogo, ou psiquiatra.

O importante é que você seja capaz de, paulatinamente, lidar com mais adversidades e estresse. Afinal, quanto maior sua posição dentro da empresa, maior a responsabilidade. Não tenha ilusões: sentar na cadeira de um diretor-presidente não é para qualquer um. Não é por acaso que vemos muitos executivos com sérios problemas para conduzir com equilíbrio suas vidas profissionais e pessoais. Nenhum caminho é fácil, mas, sozinho, é muito mais difícil.

Um bom líder sabe que deve desenvolver sua inteligência emocional e auxiliar os demais a fazerem o mesmo. Para isso, precisa ter um profundo interesse sobre como aprimorar sua comunicação, comportamento e o relacionamento com as pessoas. Principalmente em momentos de estresse.

Ignorar seus limites emocionais é um caminho desastroso. Desenvolver-se e expandi-los é uma escolha madura, excelente para gerar resultados duradouros e ter sucesso profissional e na vida particular. Acredite, as pessoas que convivem com você o agradecerão muito por isso!

(postagem 202)

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Baioque

Chico e sua música














Baioque

A cabeça privilegiada de Chico Buarque nos premiou com belíssimas pérolas que já foram analisadas por diversas mentes, brilhantes ou não. Porém a ideia aqui não é fazer uma análise poética ou musical de suas canções, mas sim brincar com as letras sempre inteligentes desse autor e tentar entender o que ele disse nas linhas e/ou nas entrelinhas. Enfim, pesquisando e analisando, busco aprender um pouco mais sobre meu ídolo.


Escrever sobre músicas menos badaladas do Chico é muito difícil, pois envolve basicamente opiniões próprias, baseadas em interpretação pessoal e sem muito material para ler e estudar. Mas eu vou correr esse risco, escrevendo sobre Baioque, uma música de 1972 que certamente não está entre as mais apreciadas pelos fãs de Chico Buarque, mas que me fascina por motivos que até eu desconheço.

A música começa a ficar interessante a partir do título, Baioque que é uma mistura de Baião com Rock. A partir do título já se tem uma idéia de que o autor vai misturar sertão com metrópole, e é isso mesmo que acontece. Ele começa a música num ritmo nordestino e, como um “cabra da peste”, já avisa que “Quando eu canto/ que se cuide/ quem não for meu irmão” e prossegue “O meu canto/ punhalada/ não conhece o perdão”.

Pode haver melhor maneira para começar uma música cantada por um nordestino sofrido e talhado pelo sol, solo seco e sofrimento gerado pela seca? Certamente não, mas a partir daí entra a veia poética, fazendo transbordar poesia e metáforas inteligentes:

“Quando eu rio
Rio Seco
Como é seco o sertão”

E eu pergunto: é ou não é gênio? A facilidade com o jogo com as palavras: Rio do verbo rir, com o substantivo rio já seria um achado, mas ainda emenda com “rio seco/ como é seco o sertão”. E, ainda:

“Meu sorriso é uma fenda
Escavada no chão”

É impossível não visualizar o sorriso desdentado (desculpem se isso parece preconceituoso) do nordestino carente de tudo, ao mesmo tempo em que ele faz uma ligação com as fenda do chão carente de chuva.

Mas as metáforas não param:

“Quando eu choro
É uma enchente
Surpreendendo o verão
É o inverno
De repente
Inundando o sertão”

Pura poesia. Sem comentários!

E por aí prossegue a linda letra, ainda em ritmo de baião até que uma palavrinha dá o sinal de que tudo vai mudar:

“Mamy”

É o sinal de mudança, onde o autor indica que o lado rock vai entrar em sena, muda-se o discurso e o ritmo:

“Não quero seguir definhando sol a sol
Me leva daqui
Eu quero partir
Requebrando um rock and roll”

A partir desse momento o ritmo passa a ser o rock e o sujeito se distancia do agreste rude e informa em ritmo frenético que “eu quero ligar/ no sol de Ipanema/ cinema e televisão”

Realmente, o Chico Buarque não faz nada que seja água-com-açucar. Até um tema banal (em outras mãos) como o de Baioque vira uma obra prima.

(postagem 201)