sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

8 iniciativas urbanas inspiradoras

Bike












8 iniciativas urbanas inspiradoras

Ref.: http://cidadesparapessoas.com/2013/06/29/pedalando-por-cidades-inspiradorass/


Com suas bicicletas dobráveis na bagagem, duas amigas viajaram o mundo para desenvolver o projeto Cidades para Pessoas, que pesquisa soluções inteligentes para os grandes problemas urbanísticos das metrópoles. Depois de visitar 12 cidades ao longo de nove meses, voltaram cheias de boas ideias

Pedalar é como flertar com uma cidade”, escreveu o músico escocês David Byrne em seu livro Diários de Bicicleta, em que conta peripécias vividas com seu meio de transporte favorito. Partilho da paixão dele pelas bikes: não há veículo melhor para explorar lugares – e se deixar seduzir por eles. Em especial, se forem metrópoles que superaram problemas urbanísticos com soluções criativas, como as 12 cidades onde pedalei, por nove meses, durante a pesquisa para o projeto Cidades para Pessoas.

A viagem foi dividida em duas partes. Na primeira, percorri sozinha sete destinos na Europa: Copenhague (Dinamarca), Amsterdã (Holanda), Londres (Inglaterra), Friburgo (Alemanha), Paris, Lyon e Estrasburgo (as três na França). Na segunda etapa, com a artista plástica Juliana Russo, percorri Cidade do México, Barcelona (Espanha) e, nos Estados Unidos, Nova York, San Francisco e Portland. Tudo financiado coletivamente, graças à plataforma brasileira de crowdfunding Catarse. No final, coletamos boas propostas, como as que contamos a seguir.

1. Copenhague
Do Esgoto à Piscina

Basta atravessar as portas de vidro do aeroporto para entender a fama de cidade mais ciclável do mundo: um mar de bicicletas coloridas estacionadas dá as boas-vindas na capital dinamarquesa. Uma das primeiras cidades modernas a nortear seu desenvolvimento econômico com foco nas pessoas, Copenhague transformou avenidas em vias de pedestres já na década de 1950, quando a maioria dos governos construía viadutos para os carros.

Em 1996, a prefeitura colocou em prática um plano para purificar as águas do canal Havnebadet, que circunda a cidade. Na época, ele estava poluído e isolado das pessoas por uma malha industrial. Essas fábricas foram removidas para uma região mais afastada, e os sistemas de esgoto passaram por ampla modernização: ganharam estações de tratamento e foram construídos reservatórios para que, em dias de chuva, o esgoto não se misturasse à água do canal.

Com a saída das indústrias, o rio voltou a ficar visível e as margens se transformaram em áreas de lazer e recreação, ganhando mobiliário urbano como pistas de skate, quadras poliesportivas, ciclovias e campos gramados. O projeto de limpeza da água foi tão efetivo que, em 2005, foi inaugurada a primeira piscina pública de Copenhague, no meio de um canal. E a capital da Dinamarca passou a trilhar um caminho para adquirir uma nova fama: a de melhor grande cidade do mundo para quem gosta de nadar.

2. Londres
Mais opções de Mobilidade

“A boa cidade, do ponto de vista da mobilidade, é a que possui mais opções”, explica o planejador urbano Jeff Risom, do escritório dinamarquês Gehl Architects. E Londres está entre os melhores exemplos práticos dessa ideia aplicada às grandes metrópoles.

A capital inglesa adotou o pedágio urbano em 2003, diminuindo o número de automóveis em circulação e gerando uma receita anual que passou a ser reaplicada em melhorias no seu já consolidado sistema de transporte público. Com menos carros e com a redução da velocidade máxima permitida, as ruas tornaram-se mais seguras para que fossem adotadas políticas que priorizassem a bicicleta como meio de transporte. Em 2010, Londres importou o modelo criado em 2005 em Lyon, na França, de bikes públicas de aluguel. Em paralelo, começou a construir uma rede de ciclovias e determinou que as faixas de ônibus fossem compartilhadas com ciclistas, com um programa de educação massiva dos motoristas de coletivos. Percorrer as ruas usando o meio de transporte mais conveniente – e não sempre o mesmo – ajuda a resolver o problema do trânsito e ainda contribui com a saúde e a qualidade de vida das pessoas.

3. Paris
Calor a favor

Praia, samba bem brasileiro e um calor de 40 graus são, por incrível que pareça, receita urbana de sucesso em Paris. A prefeitura entendeu o que precisa ser percebido melhor no Brasil: o clima quente durante o verão pode ser um recurso positivo se for usado a favor da população.

Criar espaços públicos para que as pessoas possam aproveitar o sol é uma iniciativa que entrou na agenda da cidade em 2002, com a criação da Paris Plage (Praia de Paris). o que começou com um pequeno trecho de praia artificial, criada com tanques de areia, foi se espalhando por quase toda a margem do Rio Sena. Atualmente, nessa época do ano, a avenida que circunda o rio é desativada e ocupada por guardasóis, jatos de água, rodas de samba brasileiras, bibliotecas públicas e atividades de recreação para todas as idades.

E no subsolo da Paris Plage ganhou destaque o centro cultural mais curioso da França: o Museu do Esgoto, que percorre as tubulações da cidade para contar a história da despoluição do Sena. Duas medidas simples – saneamento básico e espaços públicos de veraneio – garantiram um cenário de praia e samba nada convencional, saudável e muito bem-sucedido

4. São Francisco
Estacionamento para Humanos

Tomar um café ou uma cerveja na calçada, apreciando o movimento dos pedestres, tem um sabor especial em San Francisco. Principalmente se você estiver em um parklet, prolongamento da calçada que ocupa antigas vagas públicas de estacionamentos de carros, adaptado para receber mesas e cadeiras para clientes de bares, cafés e restaurantes.

A ideia surgiu, como é comum na vanguardista cidade californiana, de um movimento de engajamento cívico. os sócios da empresa de design urbano Rebar se uniram a amigos ativistas para fazer ocupações artísticas dessas vagas públicas para automóveis. No Dia Mundial sem Carro, o vazio onde caberia um veículo passaria a contar com grama sintética, bancos, árvores, mesas, cadeiras, piqueniques e o que mais viesse à mente das pessoas envolvidas. A ideia era provocar a reflexão: “E se esse espaço, em vez de ser ocupado pelos carros, fosse destinado a pessoas?”. o movimento inspirou funcionários da prefeitura a criar o departamento Pavements to Parks, com o intuito de recuperar para a população as áreas dominadas pelos carros. Com a regulamentação da construção de parklets, o poder público passou a emitir autorizações aos comerciantes interessados em construir e montar o seu. A prefeitura, o comércio e os consumidores saem ganhando.

5. Portland
Chuva não é Problema

Ao ler o guia turístico de Portland, já sabíamos o que nos esperava na cidade do estado norte-americano de Oregon: uma lista de programas para fazer enquanto está chovendo. No começo dos anos 2000, a estação chuvosa local, que vai de novembro a junho, deixou de ser vista como um problema. Em vez disso, os planejadores e gestores públicos compreenderam que a cidade pedia soluções de revestimento alternativas ao asfalto – que, impermeabilizado, faz com que a água corra até os rios carregando toda a poluição dos carros. Assim, em 2005 foi adotado o programa grey to green, cujo objetivo era construir infraestrutura ecológica: ruas com concreto permeável, calçadas feitas com pouquíssimo concreto, um tanque de terra – para que a água entre no solo e chegue limpa ao rio – e telhados verdes, que ajudam a filtrar a água e garantem naturalmente o conforto térmico de prédios e casas. Deixar Portland ainda mais encantadora com um rio que fica mais puro a cada ano foi possível com o simples ato de considerar o clima e as peculiaridades locais como recursos, e não problemas.

Outras boas ideias

No processo de melhoria das cidades, projetos não oficiais, que partem da sociedade civil organizada, são tão importantes quanto a gestão pública. Em Nova York, na década de 70, um grupo de ativistas criou o Food Co-op, um mercado que funciona até hoje e onde só associados podem fazer compras. Cada integrante do coletivo trabalha quatro horas por mês, e os alimentos vendidos (por preços baixíssimos) são cuidadosamente escolhidos entre produtos locais, orgânicos e algumas opções industrializadas.

Nesse mesmo esquema de cooperativa, mas com enfoque integral, a Aurea Social foi criada em Barcelona como uma resposta à crise espanhola. Em um espaço cultural, procura-se oferecer de tudo um pouco: saúde pública, moradia, aulas de ioga, horta comunitária etc. É possível pagar com um banco de horas trabalhadas no próprio grupo, fazendo com que todos esses serviços sejam acessíveis a qualquer um disposto a cooperar.

Já na Cidade do México, foi o bom humor que levou o ciclista Jorge Cañez a se vestir com uma máscara de luta livre preta e branca para encarnar, nas ruas, um super-herói chamado Peatónito, que luta pelo respeito aos pedestres no caótico trânsito da capital mexicana.

Como vimos, ao pedalar em meio às boas soluções que existem mundo afora, uma cidade melhor para as pessoas depende basicamente da atitude… das pessoas.


(postagem 108)

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Organização no trabalho

Qualidade














Organização no trabalho: envolva sua equipe nesta ideia!

Método simples para autodesenvolver o processo de organização


Fonte: http://www.apostilasdaqualidade.com.br/organizacao-no-trabalho-envolva-sua-equipe-nesta-ideia/


Empresários cobram mais resultados de produtividade de seus funcionários, enquanto os profissionais procuram melhorar sua qualidade de vida.

O cenário é bastante comum no cenário corporativo, mas a pergunta é: como alcançar as duas metas? Pois bem, a resposta pode estar na organização laboral.

Mudança de comportamento

A organização pode ser o veículo que conduz a empresa à maior produtividade. Já os funcionários, com metas mais claras, infra-estrutura melhor composta, esquema de trabalho definido, entre outros benefícios conquistados, pode enfim realizar o sonho de dedicar tempo e energia à sua própria vida.

Com a realização alcançada por ambas as forças, o resultado tende a ser o melhor possível: equipe motivada e trabalho eficiente.

Entretanto, atingir este objetivo não é fácil. Organizar uma empresa exige muito envolvimento e mudança de comportamento de todo o grupo envolvido no objetivo.

Passo a passo

A seguir veremos um método que pode ajudar bastante neste processo, composto por cinco regras. O passo a passo, chamado “Faça Já”. Confira na tabela a seguir:

Regra 1 – Faça já! Analise as tarefas e defina prioridades – Faça já! 

Como fazer? Se forem simples, faça-as na hora (urgentes ou não).
A procrastinação pode levá-lo ao acúmulo de tarefas, prejudicando o trabalho da equipe.

Regra 2 – Agende já! Agende, imediatamente, o que não conseguir realizar na hora. 

Como fazer? Trata-se de uma espécie de planejamento, que deve ser conduzido respeitando-se as prioridades.

Regra 3 – Delegue já! 

Como fazer? Se você não puder fazer na hora ou agendar, delegue!
Esta medida acaba com 90% do trabalho urgente.

Regra 4 – Arquive já! Não há organização que resista à falta desse item. 

Como fazer? Documentos que não estão sendo utilizados devem ser arquivados imediatamente.

Regra 5 – Descarte já! Se a tarefa não tem nada a ver com você, não perca tempo com ela. 

Como fazer? Encaminhe para o funcionário ou departamento encarregado pela atividade.

Benefícios:

- Identificação, antecipada, da informação e recursos necessários para o desenvolvimento do projeto;
- maior clareza;
- melhoria da comunicação entre os envolvidos;
- mecanismo de monitoramento contínuo e imediato para tarefas designadas ou delegadas;
- facilidade de treinamento, no caso de novas atribuições;
- coordenação mais efetiva.


(postagem 107)

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Wilson Simonal


Música














Wilson Simonal

Wilson Simonal de Castro (Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 1938 — São Paulo, 25 de junho de 2000) foi um cantor brasileiro de muito sucesso nas décadas de 1960 e 1970, chegando a comandar um programa na TV Tupi, Spotlight, e dois programas na TV Record, Show em Si... Monal e Vamos S'imbora, e a assinar o que foi considerado na época o maior contrato de publicidade de um artista brasileiro, com a empresa anglo-holandesa Shell.

Carioca, Simonal começou cantando calipsos e rocks em inglês. De baile em baile, foi descoberto pelo compositor Carlos Imperial, que o levou para o seu programa de TV, Os Brotos Comandam. Seu primeiro compacto foi o chá-chá-chá “Teresinha”, de Imperial. De boate em boate, foi parar no templo da bossa nova, o Beco das Garrafas, levado por Luiz Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli.

Em 1963, Simonal lançou seu primeiro LP, que estourou a música “Balanço Zona Sul”, de Tito Madi.

Depois de excursionar com o Bossa Três pelas Américas do Sul e Central, lançou o LP “A Nova Dimensão do Samba”, de bossa nova (destaque para "Nanã" e "Lobo Bobo"). Em 1966 e 1967, apresentou na TV Record o Show em Si Monal.

A melhor fase de sua carreira chegaria em seguida, com uma série de sucessos dançantes como “País Tropical”, “Mamãe Passou Açúcar em Mim”, “Meu Limão, Meu Limoeiro” e “Sá Marina”, que deram origem a um estilo suingado conhecido como Pilantragem.

Tal era a popularidade que Simonal chegou a reger um coro de 15 mil vozes no show de encerramento do IV Festival Internacional da Canção, no Maracanãzinho.

Encontrou sua derrocada em 1972, quando foi acusado de ser o mandante de uma surra, dada por dois policiais, no contador de sua firma, que o teria roubado. Denunciado, Simonal foi condenado – e durante o inquérito, um agente do Dops ainda revelou que o cantor tinha sido informante do órgão.

Com essa acusação de dedurismo em plena ditadura militar, Simonal passou para o completo ostracismo, só encerrado em 1994, quando foi lançada em CD a coletânea “A Bossa de Wilson Simonal”.

Abaixo um dos seus clássicos, Sá Marina, composição de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar. A seguir temos ainda um link onde Simonal mostra toda sua técnica e sua ginga.


Sá Marina

Descendo a rua da ladeira
Só quem viu, que pode contar
Cheirando a flôr de laranjeira
Sá Marina vem prá dançar...

De saia branca costumeira
Gira ao sol, que parou prá olhar
Com seu jeitinho tão faceira
Fez o povo inteiro cantar...

Roda pela vida afora
E põe prá fora esta alegria
Dança que amanhece o dia
Prá se cantar
Gira, que essa gente aflita
Se agita e segue no seu passo
Mostra toda essa poesia do olhar

Deixando versos na partida
E só cantigas prá se cantar
Naquela tarde de domingo
Fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar...

Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!

Deixando versos na partida
E só cantigas prá se cantar
Naquela tarde de domingo
Fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar...

Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!

E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar...



Ouvir












https://www.youtube.com/watch?v=pb6gLGQiaC8


(postagem 106)

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Tempo de uso do tênis é mais importante que pisada para evitar lesões

Corrida e Caminhada













Tempo de uso do tênis é mais importante que pisada para evitar lesões

Ao acompanhar 927 corredores, pesquisadores da Suécia concluíram que, até 500 quilômetros, todos foram protegidos igualmente contra lesões usando o mesmo calçado. O resultado sinaliza que o tipo de pisada não precisa ser requisito obrigatório na compra do sapato

O tipo de pisada não é o principal fator a ser considerado ao se comprar um tênis de corrida. Especialmente para os iniciantes, que, a princípio, sofreriam um maior risco de lesões. Essa é a conclusão de um estudo conduzido por pesquisadores do Departamento de Saúde Pública e de Ciência do Esporte da Universidade de Aarus, na Suécia. A escolha correta do calçado com base no tipo de pé tem sido, há mais de três décadas, considerado um forte fator de prevenção contra contusões. Desde 2009, cientistas de todo o mundo apontam que não há qualquer evidência científica para a prescrição de um tipo de calçado baseado na postura do pé. A investigação liderada pelo cientista Rasmus Nielsen pretende colocar um ponto final na discussão.

Durante cerca de um ano, os pesquisadores acompanharam 927 corredores iniciantes saudáveis. Foram analisados 1.854 pés. Houve casos de voluntários com dois tipos de pronação — uma em cada membro. Cinquenta e três pés eram altamente supinados; 369, supinados — postura em que os membros fazem uma curvatura para fora —; 1.292, neutros; 122, pronados — quando a pisada faz uma rotação para dentro— ; e 18, altamente pronados. Todos os voluntários receberam o mesmo modelo de tênis de corrida, indicado para pisada neutra, e foram monitorados por um relógio com GPS para quantificar a distância percorrida em cada treino. De acordo com o artigo publicado no British Journal of Sports Medicine, em um ano, eles correram 326.803 quilômetros e 27% deles sofreram algum tipo de lesão.

Os resultados das análises de sobrevivência a lesões realizadas nos primeiros 50, 100, 250 e 500 quilômetros de cada corredor não mostraram diferenças estatisticamente significativas entre os tipos de pisadas quando comparadas às de pés neutros. No entanto, os pés pronados apresentaram um número significativamente menor de lesões nos primeiros 1.000 quilômetros de corrida que os neutros. O dado contraria o mito de que corredores com alterações posturais sofreriam um maior risco de lesões e, por esse motivo, necessitariam de um calçado especial.



(postagem 105)

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Dicas para desenvolver - FLEXIBILIDADE

Gestão












10 Dicas para desenvolver - FLEXIBILIDADE


Calma! Não queremos que ninguém saia se alongando após a leitura desse post.

Ter a competência flexibilidade significa estar aberto a novas idéias e apto a responder prontamente por mudanças. A flexibilidade, somada à iniciativa, promove inovação em métodos, processos, soluções e produtos.

Um profissional flexível, diante de um obstáculo, busca soluções inovadoras para atingir os resultados desejados. Transforma, incrementa ou cria processos de trabalho e procura vender para as pessoas as idéias e mudanças propostas.

Uma pessoa flexível, além de abraçar novas idéias, busca aliados para o sucesso da implementação das mesmas.

Quando o profissional se dispõe a sair da zona de conforto e encontra oportunidade de emitir opiniões e sugestões sobre os processos de trabalho, passa a ser capaz de se questionar, criticar processos e rever paradigmas.

Vejamos algumas dicas para desenvolver e estimular a flexibilidade:


1 - Vá para o trabalho por caminhos diferentes;

2 - Tente aprender uma coisa diferente por dia;

3 - Experimente comidas exóticas; não repita seus pedidos nos restaurantes; faça roteiros diferentes ou reveja lugares conhecidos sob uma nova perspectiva;

4 - Peça e processe feedbacks para pessoas inteligentes;

5 - Viaje o máximo possível; conheça diferentes culturas; tente ir sempre para um lugar novo;

6 - Estimule sua curiosidade/ amplie seu leque de interesses/ pense sempre: “Porque não?”;

7 - Brinque de mímica, aprenda a dançar; faça teatro amador;

8 - Faça exercícios de Percepção/ Enigmas e exercite seu pensamento lateral;

9 - Aprenda outros idiomas;

10 - Aprenda ideogramas, linguagem de sinais, etc;



(postagem 104)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

José Mauro de Vasconcelos

Leitura













José Mauro de Vasconcelos

José Mauro de Vasconcelos nasceu em 26 de fevereiro de 1920, no Rio de Janeiro. Passou a infância em Natal, RN. Sua família era muito pobre e José Mauro passou por muitas dificuldades. Seu grande sonho de infância era ser nadador profissional e chegou a ganhar alguns prêmios em campeonatos que participava.

Tinha uma personalidade muito inconstante. Aos quinze anos mudou-se sozinho para o Rio de Janeiro, teve diversos empregos para conseguir se sustentar. Percorreu o Brasil de norte a sul; foi treinador de boxe, agricultor, operário, garimpeiro, carregador de bananas, ator de cinema, jornalista, locutor de rádio e escritor.

Iniciou diversos cursos superiores, mas nunca concluiu nenhum deles.

Seu primeiro romance Banana Brava fixa a aventura vivida por ele em terras do Rio Araguaia. Em 1968 escreveu sua obra mais conhecida O meu pé de laranja lima, baseada em sua infância; nos primeiros meses de lançamento vendeu mais de 217 mil exemplares.

José Mauro de Vasconcelos é figura controvertida da literatura brasileira, marginalizado pela crítica e aclamado pelo público, é autor de largas tiragens com sucessivas reedições.

Faleceu em julho de 1984 em São Paulo.

Algumas Obras: Banana brava, Barro blanco, Coração de vidro, Rosinha - minha canoa, Rua descalça, Palácio japonês, Vamos aquecer o sol, O meu pé de laranja lima.


O passarinho, a escola e a flor

(trecho de Meu Pé de Laranja Lima)

CASA NOVA. Vida nova e esperanças simples, simples esperanças.
Lá vinha eu entre seu Aristides e o ajudante, no alto da carroça, alegre como o dia quente.
Quando ela saiu da rua descalça e entrou na Rio-São Paulo foi àquela maravilha, a carroça agora deslizava macia e gostosa.
Passou um carro lindo ao nosso lado.
— Lá vai o carro do português Manuel Valadares. Quando íamos atravessando a esquina da Rua dos Açudes, um apito ao longe encheu a manhã.
— Olhe seu Aristides. Lá vai o Mangaratiba.
— Sabe tudo você, não?
— Conheço o grito dele. Só as patas dos cavalos fazendo o toque-toque naestrada. Observei que a carroça não era muito nova. Ao contrário. Mas era firme, econômica. Com mais duas viagens traria todos os nossos cacarecos. O burro não parecia muito firme. Mas eu resolvi agradar.
— O senhor tem uma carroça muito linda, seu Aristides.
— Dá pro que serve.
— E o burro também é bonito. Como se chama ele?
— Cigano.
Ele não queria muito conversar.
— Hoje é um dia feliz pra mim. A primeira vez que eu ando de carroça. Encontrei o carro do Português e escutei o Mangaratiba.
Silêncio. Nada.
— Seu Aristides, o Mangaratiba é o trem mais importante do Brasil?
— Não. É o mais importante dessa linha.
Não adiantava mesmo. Como era às vezes difícil entender gente grande!
Quando chegamos defronte da casa, entreguei a chave a ele e tentei ser cordial...
— O senhor quer que eu ajude em alguma coisa?
— Só ajuda se não ficar em cima da gente atrapalhando. Vá brincar, que a gente chama você quando voltar.
Peguei e fui.
— Minguinho, agora a gente vai viver sempre perto um do outro. Vouenfeitar você de tão bonito que nenhuma árvore pode chegar a seus pés. Sabe, Minguinho, eu viajei agora numa carroça tão grande e macia que parecia uma diligência daquelas das feitas de cinema. Olhe, tudo que eu souber, venho contar a você, ‘tá?
Cheguei perto do capinzal do valão e olhei a água suja escorrendo.
— Como foi que combinamos noutro dia que esse rio ia se chamar?
— Amazonas.
— É mesmo. Amazonas. Ele lá pra baixo deve estar cheio de canoa de índio selvagem, não tá Minguinho?
— Nem me fale. Só pode estar mesmo.
Nem bem a gente entrosava a conversa e lá estava seu Aristides fechando a casa e me chamando.
— Você fica ou vai com a gente?
— Vou ficar. Mamãe e minhas irmãs já devem vir vindo pela rua.
E fiquei estudando cada coisa de cada canto.


(postagem 103)

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Cidades amigas da bicicleta

Bike













Cidades amigas da bicicleta

Caro ciclista, pensando em mudar de ares?
Caro governante, procurando exemplos para se espelhar?
As cidades da lista abaixo foram eleitas como cidades amigas da bicicleta. Vejam alguns bons exemplos e algumas belas fotos no link ao final do post.

Amsterdam (Holanda)
Copenhage (Dinamarca)
Barcelona (Espanha)
Tóquio (Japão)
Berlim (Alemanha)
Munique (Alemanha)
Paris (França)
Montreal (Canadá)
Dublin (Irlanda)
Budapeste (Hungria)
Portland (EUA)
Guadalajara (México)
Hamburgo (Alemanha)
Estocolmo (Suécia)
Helsinki (Finlândia)
Londres (Inglaterra)
São Francisco (EUA)
Viena (Áustria)
Rio de Janeiro (Brasil)
Nova York (EUA)
Bogotá (Colômbia)
Madri (Espanha)
Changai (Japão)

http://noticias.uol.com.br/saude/album/1109_bikesnomundo_album.htm#fotoNav=1


(postagem 102)

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Dominguinhos


Música














Dominguinhos

José Domingos de Morais nasceu na cidade de Garanhuns, agreste pernambucano, em 12 de fevereiro de 1941, oriundo de uma família humilde e numerosa, eram ao todo dezesseis irmãos.

Desde menino José Domingos já se interessava por música, por influência do pai, que lhe deu de presente uma sanfona de oito baixos. Aos seis anos de idade aprendeu a tocar o instrumento e começou a se apresentar em feiras livres e portas de hotéis em troca de algum dinheiro.

 Praticava o instrumento por horas a fio e tornou-se um exímio "sanfoneiro", passando a ser conhecido em Garanhuns como "Neném do acordeon".

Conheceu Luiz Gonzaga quando tocava no hotel em que este estava hospedado, em Garanhuns. Luiz Gonzaga se impressionou com a desenvoltura do menino e o convidou a ir ao Rio de Janeiro, onde morava.
Alguns anos depois, em 1954, seu pai decide ir para o Rio de Janeiro procurar Gonzaga, devido às dificuldades que passavam em Garanhuns. Junto com o pai, foi também o menino Neném do acordeon, então com treze anos de idade, numa viagem de pau de arara que durou onze dias.

O menino que ainda era conhecido como Neném do acordeon, passou a participar de programas de rádio e se apresentar em casas noturnas, aprendendo outros estilos de música, como o chorinho, samba e outros estilos da época.
Somente em 1957, receberia o nome artístico de Dominguinhos dado pelo próprio Gonzaga. Neste mesmo ano faz sua primeira gravação profissional, tocando sanfona na música Moça de feira, com seu famoso padrinho artístico.

De 1957 a 1958, integra a primeira formação do grupo de forró Trio Nordestino, ao lado de Miudinho e Zito Borborema, que haviam deixado o grupo que acompanhava Gonzaga.

Depois de deixar o Trio Nordestino em 1958, continuou a se apresentar em programas de rádio e casas noturnas, até gravar seu primeiro disco, o LP Fim de festa em 1964.

Volta a integrar o grupo de Gonzaga em 1967, viajando pelo nordeste. Em uma dessas viagens, naquele mesmo ano, conhece uma cantora de forró, a pernambucana Anastácia (nome artístico de Lucinete Ferreira), com quem compôs mais de 200 canções em uma parceria que durou onze anos.

Fez trabalhos junto a músicos de renome, como Nara Leão, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Elba Ramalho, Chico Buarque e Toquinho.

Acabou por se consolidar em uma carreira musical própria, englobando gêneros musicais diversos como bossa nova, jazz e pop.

Em decorrência de um tratamento contra um câncer de pulmão, morreu às 18h do dia 23 de julho de 2013, após sofrer complicações infecciosas e cardíacas.

Vamos curtir uma composição de Nando Cordel e Dominguinhos.

Gostoso Demais

(Nando Cordel e Dominguinhos)

Tô com saudade de tu, meu desejo
Tô com saudade do beijo e do mel
Do teu olhar carinhoso
Do teu abraço gostoso
De passear no teu céu

É tão difícil ficar sem você
O teu amor é gostoso demais
Teu cheiro me dá prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz

Pensamento viaja
E vai buscar meu bem-querer
Não dá pra ser feliz assim
Tem dó de mim
O que eu posso fazer



Ouvir











Agora no link abaixo podemos curtir essa música

https://www.youtube.com/watch?v=YbUmOG2uxT0


(postagem 101)



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Certificado ISO 9001

Qualidade














Chegamos à postagem 100!


Certificado ISO 9001

A ISO 9001 é uma série de normas sobre a gestão da qualidade que pode ser aplicada a empresas, produtos e serviços e que foi criada pela International Organization for Standardization (ISO) na década de 80.

A série ISO 9000:1987 foi criada com base na norma britânica “BS5750” e seu objetivo era se tornar um padrão internacional para garantia da qualidade de produtos e serviços conseguido, com isso, facilitar a exportação e diminuir os custos de produção.

A BS5750 era conhecida como uma norma de administração, uma vez que não apenas tratava da produção, mas também, da administração da produção.

Ao contrário de outros métodos existentes de padronização dos sistemas de gestão da qualidade, a ISO 9001 tem seu foco na satisfação do cliente e na gestão por processos.

A primeira versão da norma tinha a mesma estrutura da BS5750 e era dividida em: ISO9001:1987, voltada para companhias que e organizações que abrangiam em suas atividades a criação de novos produtos; ISO9002:1987, parecida com a anterior, porém, não abrangendo a criação de produtos, ou seja, voltada para montagem; e a ISO9003:1987 que focava apenas a inspeção final do produto ou serviço, não se preocupando com o “como” o produto era feito.

A ISO9000:1987 era composta, portanto, de:
ISO9001:1987: Modelo de garantia da qualidade para projeto, desenvolvimento, produção, montagem e prestadores de serviço.
ISO9002:1987: Modelo de garantia de qualidade para produção, montagem e prestação de serviço.
ISO9003:1987: Modelo de garantia de qualidade para inspeção final e teste.

Em 1994 houve uma revisão da norma. A ISO9000:1994 trouxe “as ações preventivas” para o vocabulário das empresas. As organizações não deveriam se preocupar apenas com a inspeção final do produto, mas, todo o processo deveria ser monitorado com o intuito de se prevenir o erro.

Nesta época um efeito pouco indesejado começou a afetar o desempenho das companhias que tinham a ISO9000. Algumas organizações fazendo uso excessivo de procedimentos e manuais acabavam se “engessando”, tornando-se demasiadamente burocráticas. O efeito colateral da normatização levou a uma nova revisão da norma em 2000.

Agora chamada de ISO9001:2000, a ISO9000 combina as três normas anteriores (ISO9001, a ISO9002 e a ISO9003), estabelece o envolvimento da direção da empresa através da definição de um responsável pelo sistema de garantia da qualidade, introduz os “indicadores” usados com o intuito de monitorar os processos por meio de medição de performance e, ainda, muda a maneira de encarar o cliente: ele deixa de ser tratado como algo a parte e passa a fazer parte integrante da qualidade. Em outras palavras, a qualidade passa a ser definida pelas necessidades e desejos dos clientes.

Houve ainda duas novas revisões, em 2005 e em 2008.

ISO 9000:2005

Foi a única norma lançada nesse ano, descrevendo os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade que, no Brasil, constituem o objeto da família ABNT NBR ISO 9000, e definindo os termos a ela relacionados.

ISO 9001:2008

Esta versão atual da norma, aprovada no fim do ano de 2008, foi elaborada para apresentar maior compatibilidade com a família da ISO 14000, e as alterações realizadas trouxeram maior compatibilidade para as suas traduções e consequentemente um melhor entendimento e interpretação de seu texto.

Outra importante alteração nesta versão foi a sub-cláusula 1.2 que introduz o conceito de exclusões. Esta cláusula permite que requisitos da norma que não sejam aplicáveis devido a características da organização ou de seus produtos sejam excluídos, desde que devidamente justificados. Desta forma, garante-se o caráter genérico da norma e sua aplicabilidade para qualquer organização, independente do seu tipo, tamanho e categoria de produto.


(postagem 100)

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Minha primeira corrida: 5 km

Corrida / Caminhada












Minha primeira corrida: 5 km


Fonte: http://o2porminuto.ativo.com/corrida-de-rua/materia/minha-primeira-corrida--5-km

Veja algumas sugestões que podem te fazer virar um corredor

A prova de 5 km é o passaporte de entrada para o mundo das corridas. Nela, o atleta sente o gostinho de cruzar a linha de chegada pela primeira vez, receber uma medalha e vivenciar o clima festivo antes e depois da largada. “A grande vantagem das provas de 5 km é que não é obrigatório ter uma rotina intensa de treinamentos para completá-la”, diz João Paulo Póvoa, diretor técnico da assessoria esportiva Inthegra, no Rio de Janeiro. “Mesmo que faça trotando e, até, caminhando em alguns momentos, o novo corredor cruzará a linha de chegada.”

Veja sugestões do treinador para que você complete sua primeira prova de 5 km:

1. Liberação médica

“Todo iniciante precisa ter uma aval do médico para praticar a corrida ou qualquer outro esporte”, afirma Póvoa. Será a garantia de que essa atividade será benéfica à saúde da pessoa.

2. Aquecimento leve

O treinador sugere que, para esquentar a musculatura, os corredores realizem movimentos articulares, próximos aos utilizados na corrida. “Não é necessário correr antes da prova ou dar pequenos tiros no aquecimento.”

3. Largada controlada

“Cerca de 90% dos estreantes inicia a prova forte demais e, após 10 ou 15 minutos de corrida, não consegue suportar o ritmo e precisa diminuir a velocidade ou caminhar”, conta. “Comece a prova em uma velocidade abaixo da que sabe que você aguenta e não se importe com os outros corredores passando por você.”

4. Prova no seu ritmo

Siga pelos 5 km em uma velocidade confortável para você. “Se sentir que tem um fôlego extra, aumente o passo apenas no último quilômetro”, avisa o treinador. “Por exemplo, se você correu, em média, cada quilômetro em 7 minutos, tente baixar para 6m30s.”

5. Apetrechos para a prova

Vista roupas confortáveis e um tênis que já está acostumado a usar em treinamentos. “Utilize um relógio para controlar o seu tempo a cada quilômetro”, indica Póvoa.


(postagem 99)

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Cinco maneiras de acabar com a paralisia profissional

Gestão











Cinco maneiras de acabar com a paralisia profissional

Muita gente está insatisfeita com seu momento profissional, mas não consegue sair da situação. A explicação pode ser um mecanismo cerebral que causa uma paralisação diante das mudanças. Saiba como evitar essa armadilha.

A sensação do profissional que se vê em um momento de paralisia de carreira pode não ser de insatisfação total, mas, sim, de incapacidade de buscar algo que considere melhor. Isso tem a ver com um mecanismo cerebral de preservação da espécie, que tenta nos manter longe de situações que ofereçam "perigos".

Em outras palavras, os neurônios preferem a zona de conforto. "Como consequência, em vez de correr riscos tentando algo novo, as pessoas procuram se livrar do sentimento ruim e voltar para o agradável, passando, por exemplo, a 'viver para o fim de semana' ", afirma o engenheiro Roberto Camanho, professor de planejamento estratégico da ESPM e um dos principais especialistas brasileiros em tomada de decisão do País.

"Porém, é importante saber que o cérebro é uma máquina de sobrevivência e garante que cada um sinta primeiro e só depois racionalize", afirma. Conheça, a seguir, cinco motivos que levam você a se esquivar de mudanças - e aprenda a lidar com isso.

Muitos caminhos possíveis

Escolher dentre muitas opções é difícil e, quando finalmente a decisão é tomada, são grandes as chances de não se sentir satisfeito. O psicólogo americano Barry Schwartz chama esse dilema de "paradoxo da escolha": há tantas opções, que as pessoas se sentem paralisadas pelo medo de escolher errado.

               Como lidar

"Defina o que você valoriza na sua vida e transforme esses valores em critérios de decisão", diz Eliana Dutra, diretora da empresa de coaching Pro-Fit. Assim, o universo de opções já fica reduzido.

Para Roberto Camanho, especialista em tomada de decisão, mais difícil do que escolher é lidar com as consequências. Por isso, é importante buscar o que traz satisfação, e não o que há de melhor. "Procure o que é suficientemente bom", afirma Camanho.

Pensamento negativo

A mente humana evoluiu para priorizar a segurança diante de dúvidas que podem levar a perigos. Comentários negativos sobre o trabalho, por exemplo, ficam mais registrados na memória do que os positivos. Resultado: é comum ter mais consciência das falhas e fraquezas do que das qualidades e forças.

               Como lidar

Ter medo de falhar na escolha do novo emprego é natural, mas é preciso entender que não dá para ter controle total do resultado. Segundo Eliana, uma boa opção é fazer uma pesquisa com amigos mais próximos, perguntando quais qualidades eles veem em você.

"Além disso, lembre-se das grandes mudanças na sua vida, como quando se tornou adulto ou quando se casou", diz. "Você sobreviveu a isso tudo."

Prioridade no agora

A mente orienta decisões para que você fique longe de desconfortos como ansiedade, dúvidas e inseguranças. Assim, a prioridade se torna fugir das reflexões necessárias para tomar decisões mais profundas. "Como conseguimos enxergar os impactos no curto prazo, damos preferência para ele", diz Roberto Camanho.

               Como lidar

Para Eliana Dutra é importante que o profissional pergunte a si mesmo: o que de pior pode acontecer? Admitir o medo faz com que ele se naturalize. A partir disso, defina com clareza desejos e necessidades a serem atendidos no novo emprego, sabendo que, sim, você vai sentir medo.

Gosto por padrões lineares

A mente busca padrões em todos os lugares, levando as pessoas a ter a sensação de que só podem fazer o que sempre fizeram. Além disso, "temos medo do fracasso nos negócios e preferimos conviver com a sensação de uma realidade mais previsível", diz Camanho.

               Como lidar

Converse com pessoas que passaram por momentos de mudanças em suas carreiras, mas busque tanto as que se deram bem quanto as que tiveram insucessos. Isso ajudará a "pensar fora da caixa" que você mesmo criou. Segundo Eliana, vale desconfiar de tudo o que se tem certeza para desenvolver a criatividade e perder o apego a padrões.

Confiança na mente

A tendência é confiar no primeiro pensamento que surge, que, geralmente, é o mais cômodo. Como lidar: Se a primeira barreira que a mente coloca é "estou muito velho para mudar de carreira" ou "estou seguro neste emprego (do qual não gosto)", ceder a ela pode não ser a melhor escolha. Considere outras possibilidades.


(postagem 98)

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Padre Antônio Vieira

Leitura













Padre Antônio Vieira

Padre Antônio Vieira nasceu em 06 de fevereiro de 1608, em Lisboa (morreu em Salvador a 18 de julho de 1697) e representa, sem dúvida, a maior expressão da eloquência sacra de Portugal e um dos maiores escritores de seu século.

O padre Vieira foi um grande e produtivo escritor do barroco em língua portuguesa. Escreveu 200 sermões - entre os quais pode-se destacar o "Sermão da Sexagésima" -, cerca de 500 cartas e profecias que reuniu no livro "Chave dos Profetas", que nunca acabou.

A família Vieira veio para o Brasil e fixou residência em Salvador, na Bahia, quando Antonio tinha seis anos. Seu pai era funcionário do império português. Aos 15 anos, ingressou na Companhia de Jesus.

Formou-se noviço em 1626, e além de teologia estudou lógica, física, metafísica, matemática e economia. Lecionou humanidades e retórica em Olinda e em 1634 foi ordenado sacerdote, na Bahia.

Aos 33 anos, voltou a Portugal com uma comissão de apoio ao novo rei Dom João 4º. Nessa época Portugal passava pela guerra da Restauração da Coroa contra a Espanha. Existiam ainda conflitos contra a Holanda, França e Inglaterra.

Em 1643, Vieira foi designado pelo rei Dom João 4º para negociar a reconquista das colônias. Suas propostas eram conciliar Portugal e Holanda, entregando a província de Pernambuco aos holandeses a título de indenização; reunir em Portugal os cristãos-novos, isto é, os judeus que estavam espalhados pela Europa, e protegê-los da inquisição. Em troca os judeus investiriam nos empreendimentos do Império Português.

Consideradas absurdas, suas ideias foram rejeitadas e Vieira retornou ao Brasil estabelecendo-se ao norte do Maranhão. Os dois primeiros volumes dos "Sermões" foram publicados em Madri em 1644, mas a edição estava tão ruim que Vieira não a reconheceu como legítima.

Em 1661, Padre Vieira foi obrigado a deixar o Maranhão, pressionado pelos senhores de escravos que não concordavam com suas posições contrárias à escravidão indígena. Voltou para Lisboa onde foi condenado pela inquisição em virtude de seus manuscritos "heréticos": "Quinto Império"; "História do Futuro" e "Chave dos Profetas". De 1665 a 1667 ficou preso em Coimbra.

Em 1669 foi anistiado e seguiu para Roma onde ficou até 1676 sob a proteção da Rainha Cristina da Suécia. Dez anos depois foi publicado oficialmente o primeiro volume dos "Sermões", em Lisboa. Em 1681 voltou ao Brasil onde passou a dedicar-se à literatura. Padre Antonio Vieira morreu aos 89 anos, na Bahia.

Sermão de Santo Antônio (1654):

Também conhecido como "O Sermão dos Peixes", pois nele o padre usa a imagem dos peixes como símbolo para fazer uma crítica aos vícios dos colonos portugueses que se aproveitavam da condição dos índios para escravizá-los e sujeitá-los ao seu poder. Leia um trecho do sermão:

Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção; mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, a não querem receber. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores dizem uma cousa e fazem outra; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores se pregam a si e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo isto verdade? Ainda mal!

Suposto, pois, que ou o sal não salgue ou a terra se não deixe salgar; que se há-de fazer a este sal e que se há-de fazer a esta terra? O que se há-de fazer ao sal que não salga, Cristo o disse logo: Quod si sal evanuerit, in quo salietur? Ad nihilum valet ultra, nisi ut mittatur foras et conculcetur ab hominibus. «Se o sal perder a substância e a virtude, e o pregador faltar à doutrina e ao exemplo, o que se lhe há-de fazer, é lançá-lo fora como inútil para que seja pisado de todos.» Quem se atrevera a dizer tal cousa, se o mesmo Cristo a não pronunciara? Assim como não há quem seja mais digno de reverência e de ser posto sobre a cabeça que o pregador que ensina e faz o que deve, assim é merecedor de todo o desprezo e de ser metido debaixo dos pés, o que com a palavra ou com a vida prega o contrário.

Isto é o que se deve fazer ao sal que não salga. E à terra que se não deixa salgar, que se lhe há-de fazer? Este ponto não resolveu Cristo, Senhor nosso, no Evangelho; mas temos sobre ele a resolução do nosso grande português Santo António, que hoje celebramos, e a mais galharda e gloriosa resolução que nenhum santo tomou.

Pregava Santo António em Itália na cidade de Arimino, contra os hereges, que nela eram muitos; e como erros de entendimento são dificultosos de arrancar, não só não fazia fruto o santo, mas chegou o povo a se levantar contra ele e faltou pouco para que lhe não tirassem a vida. Que faria neste caso o ânimo generoso do grande António? Sacudiria o pó dos sapatos, como Cristo aconselha em outro lugar? Mas António com os pés descalços não podia fazer esta protestação; e uns pés a que se não pegou nada da terra não tinham que sacudir. Que faria logo? Retirar-se-ia? Calar-se-ia? Dissimularia? Daria tempo ao tempo? Isso ensinaria porventura a prudência ou a covardia humana; mas o zelo da glória divina, que ardia naquele peito, não se rendeu a semelhantes partidos. Pois que fez? Mudou somente o púlpito e o auditório, mas não desistiu da doutrina. Deixa as praças, vai-se às praias; deixa a terra, vai-se ao mar, e começa a dizer a altas vozes: Já que me não querem ouvir os homens, ouçam-me os peixes. Oh maravilhas do Altíssimo! Oh poderes do que criou o mar e a terra! Começam a ferver as ondas, começam a concorrer os peixes, os grandes, os maiores, os pequenos, e postos todos por sua ordem com as cabeças de fora da água, António pregava e eles ouviam.

Se a Igreja quer que preguemos de Santo António sobre o Evangelho, dê-nos outro. Vos estis sal terrae: É muito bom texto para os outros santos doutores; mas para Santo António vem-lhe muito curto. Os outros santos doutores da Igreja foram sal da terra; Santo António foi sal da terra e foi sal do mar. Este é o assunto que eu tinha para tomar hoje. Mas há muitos dias que tenho metido no pensamento que, nas festas dos santos, é melhor pregar como eles, que pregar deles. Quanto mais que o são da minha doutrina, qualquer que ele seja tem tido nesta terra uma fortuna tão parecida à de Santo António em Arimino, que é força segui-la em tudo. Muitas vezes vos tenho pregado nesta igreja, e noutras, de manhã e de tarde, de dia e de noite, sempre com doutrina muito clara, muito sólida, muito verdadeira, e a que mais necessária e importante é a esta terra para emenda e reforma dos vícios que a corrompem. O fruto que tenho colhido desta doutrina, e se a terra tem tomado o sal, ou se tem tomado dele, vós o sabeis e eu por vós o sinto.

Isto suposto, quero hoje, à imitação de Santo António, voltar-me da terra ao mar, e já que os homens se não aproveitam, pregar aos peixes. O mar está tão perto que bem me ouvirão. Os demais podem deixar o sermão, pois não é para eles. Maria, quer dizer, Domina maris: «Senhora do mar»; e posto que o assunto seja tão desusado, espero que me não falte com a costumada graça. Ave Maria.
(...)


(postagem 97)