sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Caminhar, trotar ou correr? Qual é mais saudável?

Caminhada











Caminhar, trotar ou correr? Qual é mais saudável?

Fonte.: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/caminhar_correr_trotar.htm

Caminhar, correr ou trotar são três atividades aeróbias, repletas de benefícios e fáceis de serem realizadas.Vamos falar um pouco de cada uma delas e você poderá decidir qual escolher ou escolher as três num programa intervalado, cuidadosamente elaborado por um profissional de acordo com sua condição física.

Caminhada

A caminhada é o mais simples e natural dos exercícios, todos já sabem como fazer. Porém, caminhar como passeio é diferente de caminhar como exercício. Mesmo sendo de fácil execução e fácil de se controlar a intensidade, antes de iniciar, é necessário um exame cardiológico e uma avaliação postural, como forma de prevenção para que o indivíduo não desenvolva lesões que são características das práticas esportivas.

Algumas pessoas podem sentir dores na coluna (principalmente na região lombar) após uma simples caminhada, provavelmente por uma hiperlordose (curva acentuada da região lombar ). Na avaliação, esses desvios e outros problemas em joelhos, tipos de pisada, desequilíbrios musculares, etc, são detectados e o profissional lhe dará dicas de como aliviar os desconfortos, ou exercícios e alongamento específicos que vão complementar seu programa. Isso vale para qualquer atividade que se queira iniciar.

Para caminhar e obter benefícios, é preciso que o exercício seja ininterrupto. Comece com 10 a 15 minutos e vá aumentando gradativamente até chegar a 45 minutos ou 1 hora, no máximo. É fundamental monitorar a frequência cardíaca.

Além de ser o melhor exercício aeróbio para quem está iniciando, é também o mais indicado para gestantes e pessoas que estão acima do peso ou obesas, pois aqui o impacto nas articulações é muito pequeno.

O ritmo vai ser ajustado de acordo com o condicionamento do praticante, mas em média pode-se fazer 1 km em 15 minutos.

Trote

No geral, o trote é uma passagem para quem já está acostumado a caminhar e quer aumentar a intensidade do exercício ou ainda começar a correr. A passada no trote não é tão larga, são passadas mais curtinhas e o ritmo pouco mais acelerado, aumentando um pouco o impacto no solo e consequentemente nas articulações. A elevação de joelhos e tornozelos ainda é bem baixa. Os benefícios cardiológicos e musculares são os mesmos, porém como é um pouco mais intenso outras fibras musculares são solicitadas e portanto aumenta o gasto calórico em comparação com a caminhada.

O trote pode ser então uma solução para quem já caminha longas distâncias, mas ainda não consegue correr.

Corrida

Para passar à corrida, aumenta-se a velocidade ou o ritmo, que deve continuar sendo determinado e controlado pela frequência cardíaca. A principal diferença é que a corrida possui uma fase aérea, ou seja, um momento em que os dois pés, não tocam o solo e o contato deles com o solo, também é mais rápido. Essa mecânica de movimento torna a corrida a atividade de maior gasto calórico (600 a 800 kcal/hora, considerando um indivíduo de 70 kg).

A desvantagem em relação às outras atividades é que o impacto sobre as estruturas articulares na corrida é aproximadamente o dobro do peso corporal.

Então, principalmente na corrida, porém valendo para as três atividades, não podemos esquecer que não estamos apenas trabalhando o sistema aeróbio, mas também exigindo esforço de várias outras estruturas do nosso corpo, como tendões, ligamentos, ossos, etc... Daí a importância de uma preparação específica para o treinamento escolhido, visando melhorar previamente a tonicidade, força muscular, níveis de coordenação motora, equilíbrio e flexibilidade, porque cada estrutura do nosso corpo (cartilagens, ossos, músculos) tem um tempo específico para se adaptar ao esforço.

Os benefícios são iguais para as três atividades, porém com prazos diferentes, sendo a mais intensa, de resultados mais rápidos.

Esses prazos são muito diferentes de pessoa para pessoa, pois eles dependem da idade, grau de condicionamento físico em que o indivíduo se encontra, de um histórico de atividade física, do empenho de cada um durante as sessões de treinamento, da genética e outros fatores. No mínimo, os resultados são conseguidos em alguns meses. Digamos uns 4 meses, pelo menos. A partir do momento que a pessoa começa a se exercitar, ela fisiologicamente já começa a ter adaptações no organismo e portanto já começa a ter benefícios.

Alguns dos benefícios são a melhora e o fortalecimento do sistema cardiorrespiratório, aumento da densidade mineral óssea, melhora na qualidade do sono, na postura e na aparência física, aumenta a disposição no dia a dia, fortalece a musculatura, principalmente de membros inferiores, alivia o estresse e a ansiedade, é comprovadamente eficaz contra a depressão e ainda queima os quilos extras, pois no exercício aeróbio o organismo utiliza a gordura como principal combustível.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

7 desperdícios na produção (continuação)

Gestão










7 desperdícios na produção

Ref.: http://www.citisystems.com.br/7-desperdicios-producao/

Vamos continuar detalhando dos desperdícios na produção. No post de hoje trataremos dos quatro últimos, Espera, Transporte, Movimentação e Processamento inapropriado. Boa leitura.

4 – Espera

O que é:

Ociosidade humana ou tempo de espera;
Ociosidade de equipamentos ou tempo de espera;

Causas:

Processos ou linhas desbalanceadas;
Força de trabalho inflexível;
Superdimensionamento da equipe;
Não agendamento de máquinas para produção;
Tempo de setup longo;
Falta de material ou atraso;

O desperdício referente ao tempo de espera ocorre quando os recursos (pessoas ou equipamentos) são obrigados a esperar desnecessariamente em virtude de atrasos na chegada de materiais ou disponibilidade de outros recursos, incluindo informações. Como exemplo, podemos citar a situação em que um participante atrasa a reunião por perder o horário e chegar atrasado. A espera de ferramentas para começar a trabalhar, de uma assinatura para que um processo continue ou de um veículo atrasado para transportar os trabalhadores para o local de trabalho, são bons exemplos também.

5 – Transporte

O que é:

Movimento desnecessário de material;
Movimento desnecessário de ferramentas ou equipamentos;

Causas:

Planejamento da rota do produto ineficiente;
Fornecedores distantes da produção;
Fluxo complexo dos materiais;
Layout dos equipamentos ou das células ruim;
Local de trabalho desorganizado;

Quando qualquer recurso (pessoas, equipamentos, suprimentos, ferramentas, documentos ou materiais) é movido ou transportado de um local para outro sem necessidade, está sendo criado o desperdício de transporte. Como exemplos, podemos citar: o transporte de peças erradas, o envio de materiais para o local errado ou na hora errada ou o envio de documentos para lugares que não deveriam ser enviados. Uma maneira de reduzir o desperdício de transporte é criando um layout eficiente, onde os clientes são atendidos por fornecedores próximos. Células que trabalham entre si ou servindo umas às outras, também devem ser alocadas em proximidade para reduzir o desperdício de transporte. Materiais e ferramentas de algumas células de trabalho também podem ser movidos, realocados, ou posicionados ao lado ou perto de usuários de outras células de trabalhos ou seus clientes internos.

Lembre-se de que transportar recursos no ambiente fabril é uma necessidade, mas se não houver planejamento e estudos de forma a minimizar este tempo, torna-se uma atividade que não agrega valor ao produto. Por isso é necessário acompanhar de perto se em algum local há lacunas ou falhas que possam ser ajustadas.

6 – Movimentação nas operações

O que é:

Movimentos desnecessários dos trabalhadores.

Causas:

Layout ruim e ambiente de trabalho desorganizado;
Estoque ou células de trabalho desorganizados;
Instruções de trabalho não padronizadas ou não compreendidas;
Fluxo de materiais no processo não muito claro.

O desperdício no movimento acontece quando ocorrem movimentos desnecessário do corpo ao executar uma tarefa. Alguns exemplos: procurar, andar, flexionar, elevar, abaixar e outros movimentos corporais desnecessários. Os trabalhadores cometem este tipo de desperdício quando procuram por ferramentas ou documentos ou quando seu local de trabalho está cheio ou desorganizado. Muitas vezes, o desperdício de movimento atrasa o início dos trabalhos e interrompe o fluxo das atividades.

Para reduzir a movimentação dos operadores, primeiramente é necessário analisar se elas são necessárias ou não. As desnecessárias devem ser imediatamente trabalhadas. Já para movimentações necessárias, é importante verificar se é possível torná-las mais práticas para o operador. Isto pode ser feito reorganizando o local de trabalho ou mesmo redesenhando o layout da linha de produção.

7 – Processamento

O que é:

Processo que não agrega valor realizado pelo homem;
Processo que não agrega valor realizado pela máquina;

Causas:

Falta de objetividade nas especificações do cliente;
Mudanças frequentes na engenharia do produto;
Qualidade excessiva (refinamento);
Análise inadequada de valor;
Instruções de trabalho mal elaboradas.

Esta categoria de desperdício refere-se aos processamentos que não agregam valor ao item que está sendo produzido ou trabalhado. Exemplos são etapas adicionais que não aumentam a qualidade do produto ou etapas que simplesmente adicionam excesso de qualidade de que os clientes não necessitam. Documentação desnecessária é também uma forma de desperdício de processamento.

Se for realizada uma análise criteriosa, é possível identificar atividades e tarefas dentro do processo que podem ser irrelevantes e que afetam diretamente a produtividade e o custo da operação. Por este motivo é necessário analisar e identificar em cada etapa a existência de gargalos e eliminá-los.

Como eliminar os desperdícios?

Abaixo, alguns passos que podem ser seguidos para uma efetiva eliminação dos desperdícios:

Fazer com que o desperdício seja visível, caso ele seja oculto;
Estar consciente do desperdício;
Assumir a responsabilidade pelo desperdício;
Mensurar o desperdício;
Eliminar ou reduzir o desperdício.

Em resumo, para que seja possível eliminar os desperdícios, é necessário vê-los e reconhecê-los, identificando quem é o responsável por eles. Finalmente ele deve ser mensurado de forma a estabelecer seu tamanho e magnitude. Os desperdícios que não podemos ver, não podem ser eliminados. Quando um desperdício é negligenciado, também não é possível eliminá-lo e quando alguém se recusa a aceitar a responsabilidade desperdício, então ele não vai trabalhar para eliminá-lo. Finalmente, quando o desperdício não é medido, as pessoas podem pensar que ele é pequeno demais ou trivial e, por este motivo, não estarão motivadas em detê-lo. Como diz o ditado: “O que não é medido, não é melhorado"

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

7 desperdícios na produção

Gestão










7 desperdícios na produção

Ref.: http://www.citisystems.com.br/7-desperdicios-producao/

O maior foco das indústrias que aplicam a ferramenta do Lean Manufacturing é combater os 7 desperdícios que podem ocorrer na produção de um produto. Existem várias formas de desperdícios e um exemplo é quando se produz mais do que o necessário, ou mesmo, mais rápido ou antes do que é preciso. Ele também pode ocorrer quando o produto não é enviado ao consumidor, desencadeando uma série de eventos que geram custos financeiros e operacionais.

Existem dois tipos de desperdícios: os que são visíveis e os que são ocultos. Com relação aos ocultos, é muito importante que eles sejam descobertos e eliminados antes que possam se tornar grandes demais, incorrendo em uma fonte maior de problemas para a empresa. Uma analogia interessante para exemplificar os problemas visíveis e ocultos é quando imaginamos um iceberg. A ponta do iceberg, que fica visível às pessoas representa os desperdícios visíveis: defeitos, retrabalhos, excesso, refugos ou atividades de inspeções. Já o restante do iceberg, que é muito maior do que seu topo, é composto pelos desperdícios ocultos. Alguns exemplos destes desperdícios são: custos de urgência nas entregas, procedimentos desnecessários, falhas de equipamentos, tempo perdido em função de acidentes, excesso de inventário, etc.

Os desperdícios podem assumir deferentes formas, podendo ser encontrados no processamento de um produto ou em entradas e saídas desnecessárias. Podem ainda ser observados na forma de material, estoque, equipamento, infraestrutura, utilidades, documentos, movimentos e outras atividades que não agregam valor.

Quais são os 7 desperdícios da produção?

Os sete desperdícios da produção foram identificados e categorizados por Taiichi Ohno,  um engenheiro de produção que iniciou sua carreira no setor automotivo em 1943 e é considerado o pai do TPS (TOYOTA PRODUCTION SISTEM),. Segundo ele os desperdícios podem ser categorizados da seguinte forma:

1. Defeitos;
2. Excesso de produção ou Superprodução;
3. Espera;
4. Transporte;
5. Movimentação;
6. Processamento inapropriado;
7. Estoque.

Vamos detalhar cada um deles, os 3 primeiros nesse post e os 4 últimos na quarta-feira:

1 – Defeitos

O que é:

Processamento na produção de produtos defeituosos;
Processamento devido ao retrabalho de produtos defeituosos;
Materiais utilizados na ocorrência de produtos defeituosos e retrabalhos;

Causas:

Falta de objetividade na especificação do cliente com relação ao produto;
Processos incapazes;
Falta de controle de processo;
Incapacitação de pessoas ou pessoas não qualificadas;
Setorização ou departamentalização ao invés de qualidade total;
Fornecedores desqualificados.
Qualidade é fazer a coisa certa logo na primeira vez. Trata-se de prevenção e planejamento, não de correção e inspeção. A má qualidade ou defeitos não só resultam na insatisfação do cliente e danos à imagem da empresa, como também em desperdícios devido aos custos e tempo envolvidos em repor um produto defeituoso. Sendo assim, a melhoria contínua e medidas de prevenção são os meios mais eficazes para reduzir os desperdícios causados por defeitos.

2 – Excesso de Produção ou Superprodução

O que é:

Produzir mais do que o necessário;
Produzir mais rápido do que o necessário;

Causas:

Incentivos e metas por volume (vendas, compras, pagamento, PLR);
Aumento da capacidade do equipamento;
Desequilíbrio na linha de produção: Agendamento deficiente/mudanças;
Planejamento de produção deficiente;
Práticas contábeis de custos que incentivam o aumento de estoques
A superprodução ocorre quando há maior produção do que a empresa pode vender, resultando em um aumento no estoque de produtos acabados. A superprodução esconde desperdícios, uma vez que muitos pensam que o estoque é considerado um ativo de valor para a empresa, quando na verdade a maioria deles podem se tornar obsoletos ou implicar em custos para mantê-los até que possam ser vendidos. Observe que existe ainda o risco deles não serem vendidos. O Just-in-time e as regras de Kanban são uma boa alternativa para evitar o excesso de desperdício referente à superprodução. Um fato importante é que a aplicação de sistemas Lean favorece equipamentos de menor porte, em grandes parte, com o intuito de evitar a superprodução.

3 – Estoque

O que é:

Estoque excessivo de produto final;
Estoque excessivo de matérias-primas e insumos.

Causas:

Produção excessiva;
Desequilíbrio na linha;
Grande tamanho dos lotes;
Alto tempo entre o pedido e entrega do produto (lead time);
Alta taxa de retrabalho;
Falta de requisição de materiais e padrões de compras;
Os desperdícios de estoque podem ser originados na compra e armazenamento de excedentes de insumos, materiais ou outros recursos. Eles também possuem origem no excesso de materiais em processo (WIP ou work-in-process) acumulados. A principal causa é, muitas vezes, devido à falta de planejamento e desconhecimento do departamento de compras com relação ao consumo real ou taxa de utilização de um determinado recurso. Ter excesso de estoque significa um maior custo para a empresa, ocupação de área, manutenção do inventário e do estoque. Reforçando novamente que existe a possibilidade de se armazenar produtos obsoletos como ferramentas e materiais. Para evitar o desperdício é necessário um planejamento de compras eficiente e que após a produção do produto o mesmo seja enviado diretamente ao cliente.

Na próxima quarta-feira finalizaremos essa explanação com os 4 últimos desperdícios.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Guimarães Rosa

Leitura











Guimarães Rosa

"Quando escrevo, repito o que já vivi antes.
E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente.
Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo
vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser
um crocodilo porque amo os grandes rios,
pois são profundos como a alma de um homem.
Na superfície são muito vivazes e claros,
mas nas profundezas são tranquilos e escuros
como o sofrimento dos homens."


No dia 19 de novembro de 1967 morria no Rio de Janeiro o escritor João Guimarães Rosa. Abaixo deixamos um trecho de Grande Sertão: Veredas, os primeiros parágrafos de um livro imperdível.


– NONADA. TIROS QUE O SENHOR ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja. Alvejei mira em árvores no quintal, no baixo do córrego. Por meu acerto. Todo dia isso faço, gosto; desde mal em minha mocidade. Daí, vieram me chamar.

Causa dum bezerro: um bezerro branco, erroso, os olhos de nem ser – se viu –; e com máscara de cachorro. Me disseram; eu não quis avistar. Mesmo que, por defeito como nasceu, arrebitado de beiços, esse figurava rindo feito pessoa. Cara de gente, cara de cão: determinaram – era o demo. Povo prascóvio. Mataram.

Dono dele nem sei quem for. Vieram emprestar minhas armas, cedi. Não tenho abusões. O senhor ri certas risadas... Olhe: quando é tiro de verdade, primeiro a cachorrada pega a latir, instantaneamente – depois, então, se vai ver se deu mortos. O senhor tolere, isto é o sertão. Uns querem que não seja: que situado sertão é por os campos-gerais a fora a dentro, eles dizem, fim de rumo, terras altas, demais do Urucuia. Toleima. Para os de Corinto e do Curvelo, então, o aqui não é dito sertão? Ah, que tem maior! Lugar sertão se divulga: é onde os pastos carecem de fechos; onde um pode torar dez, quinze léguas, sem topar com casa de morador; e onde criminoso vive seu cristo-jesus, arredado do arrocho de autoridade. O Urucuia vem dos montões oestes.

Mas, hoje, que na beira dele, tudo dá – fazendões de fazendas, almargem de vargens de bom render, as vazantes; culturas que vão de mata em mata, madeiras de grossura, até ainda virgens dessas lá há. O gerais corre em volta. Esses gerais são sem tamanho. Enfim, cada um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou pães, é questão de opiniães... O sertão está em toda a parte.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Zé Rodrix

Música












Zé Rodrix

Em 25 de novembro Zé Rodrix completaria 66 anos. Ele nos deixou em 2009, mas felizmente deixou muita coisa boa gravada. Vamos acompanhar uma das suas principais criações, Casa no campo.

Casa no Campo
(Zé Rodrix)

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar do tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais

Eu quero carneiros e cabras pastando
Solenes no meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas

Eu quero a esperança de óculos
E um filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão,
A pimenta e o sal

Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau a pique e sapê
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros e nada mais

Ouvir










Podemos também ver uma bela interpretação no link abaixo.

https://www.youtube.com/watch?v=7sVKfQTAwAc





segunda-feira, 18 de novembro de 2013

5S - o que é?

Qualidade












5S - o que é?

Ref.: http://www.5s.com.br/e/a_oquee5s/a_oquee5s.htm

O 5S é o bom-senso que pode ser ensinado, aperfeiçoado, praticado para o crescimento humano e profissional. Convém se tornar hábito, costume, cultura.

A sigla 5S saiu de cinco palavras japonesas que começam com a letra S.

Seiri --> Senso de Utilização
Seiton--> Senso de Ordenação
Seisou --> Senso de Limpeza
Seiketsu -->  Senso de Saúde
Shitsuke -->  Senso de Autodisciplina

O 5S surgiu no Japão no início dos anos 1950. Na indústria, seus principais papéis são: liberar áreas, evitar desperdícios, melhorar relacionamentos, facilitar as atividades e localização de recursos disponíveis. Trata de uma sigla formada pelas iniciais de cinco palavras japonesas. No Brasil, alguns “S”  foram traduzidos usando palavras variadas. Com isso, o 5S gerou resultados diferentes de um para outro local. A tradução que adotamos é uma das mais praticadas, graças ao trabalho feito pela Fundação Christiano Ottoni (FCO), em empresas e escolas, a partir da década de 90. É tradução adequada a qualquer lugar onde se vive, por não usar expressões exclusivas do meio empresarial.

Observando os métodos de gestão e o potencial das pessoas em variados ambientes, sentimos que, devidamente entendido e apresentado, o 5S pode ser praticado por qualquer pessoa, em qualquer circunstância. Com isso, o 5S que praticamos hoje é mais humano do que quando começou a ser divulgado no Brasil, nos anos 1980. Seus princípios são semelhantes aos princípios da vida.

O 5S naturalmente

Primeiro S: Senso de Utilização

O que é? Desenvolver a noção da utilidade dos recursos disponíveis e separar o que é útil do que não é.  Destinar cada coisa para onde possa ser útil.

Por que praticar? O organismo de qualquer ser vivo faz isso. É a planta sugando do solo os nutrientes de que precisa, é o sistema digestivo dos animais absorvendo o que o organismo precisa, separando do que não precisa.

Segundo S: Senso de Ordenação

O que é? Colocar as coisas no lugar certo; realizar as atividades na ordem certa.

Por que praticar? As plantas mandam os nutrientes para os galhos, as folhas, flores, frutos, do mesmo modo que nosso
sistema vascular alimenta todo nosso corpo.

Terceiro S: Senso de Limpeza

O que é? É tirar o lixo, a poluição; evitar sujar, evitar poluir.

Por que praticar? Cascas e folhas são eliminadas pela planta quando já cumpriram sua função. Nosso organismo se limpa no suor, na respiração, nas fezes e na urina e em muitas outras formas de se manter, de se livrar das toxinas e excessos.

Quarto S: Senso de Saúde

O que é? Padronizar comportamento, valores e práticas favoráveis à saúde física, mental e ambiental.

Por que praticar? Todos os organismos das plantas e dos animais se dedicam sempre para manter sua integridade, sua saúde.

Quinto S: Senso de Autodisciplina

O que é? Autogestão, cada um se cuidando, adaptando-se às novas realidades de modo que as relações com o ambiente e pessoais sejam recicláveis e sustentáveis de forma saudável.

Por que praticar? Plantas e animais se cuidam de forma natural. Nascem, crescem, se reproduzem, morrem. Não precisamos mandar uma planta praticar sua fotossíntese e nem a um gato que cuide de seu pelo.


Se o 5S é uma coisa natural, por que devemos insistir em aprender a praticá-lo?

Devemos ensinar o tão natural 5S exatamente porque a vida do ser humano não é assim tão natural. Temos tanta tecnologia, conhecimentos, cultura, valores, tantos recursos artificiais descobertos, aperfeiçoados ou inventados pela humanidade, que não é mais possível utilizá-los sem aprendizado e treinamento.
Ora, muitos recursos não adiantam nada se não soubermos utilizá-los, ordená-los, limpá-los, conservá-los e, finalmente, descartá-los ou reciclá-los quando chegar a hora.

Neste nossa vida tão cheia de novidades e oportunidades, é o 5S que vai nos mostrar como melhor aproveitá-las para a Qualidade de Vida. Qualidade de Vida para a humanidade e, sobretudo, para o sistema biológico, do qual fazemos parte e sem o qual não podemos viver.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A Terceira Idade e a bicicleta

Bike com responsabilidade











A Terceira Idade e a bicicleta

Fonte: http://www.escoladebicicleta.com.br/idosos.html

A cada dia aumenta o número de sedentários que decide, por conta própria ou por ordem médica, fazer alguma atividade física. Sedentarismo é hoje considerado doença. Só não sai para a vida quem desconhece as possibilidades oferecidas.

Bem trabalhado o corpo responde com sensível melhora e com isto descobre-se que a vida é uma porta aberta para o prazer, o equilíbrio, a liberdade, a felicidade - independente da idade. É impressionante a grande capacidade de adaptação do corpo humano. Uma série de fatores individuais influencia no processo de construção de um condicionamento físico, o que pode levar a um processo mais ou menos trabalhoso, mas de uma forma ou de outra a melhora sempre vem.

Em qualquer mudança o presente e o passado devem ser levados em consideração, mas sem dramas nem amarras. O que somos hoje é resultado do que construímos (ou destruímos) no passado. Cada problema ocorrido, mesmo que tenha sido bem curado, deixa uma cicatriz. Cicatriz é um sinal, um alerta; mas certamente não é um ponto final.

Recomeçar nem sempre é fácil, mas sempre vale a pena. O que define onde se irá chegar é o grau de determinação, serenidade, consciência de trabalho e principalmente ter sabedoria para descansar de maneira produtiva. O equilíbrio entre trabalho (exercício) e repouso é a essência da colheita de um bom fruto.

A pergunta que se deve fazer é: que qualidade de vida você pretende ter daqui para frente. Não interessa mais o que você foi ou fez no passado, porque o que passou, passou; e se passou não volta mais.

Envelhecer é inevitável. Olhar este momento da vida com inteligência é viver bem agora, construindo um futuro melhor. É necessário dar o devido respeito ao passado, que é nossa referência tatuada pelo corpo, mente e alma. Não transforme o passado no norte de bússola de sua vida porque é um erro fatal. Use as experiências passadas como referência para não repetir erros.

Normalmente temos uma visão míope do que somos e de nossas reais possibilidades. Não se deve apegar ao que se imagina ser seu próprio corpo ("o que sobrou de um passado"), muito menos acreditar que tudo pode ("sempre acontece um milagre").

O caminhar da felicidade está num meio termo chamado "amadurecimento". Amadurecimento é inerente ao idoso, e esta é justamente sua imensa vantagem sobre todas as outras idades. Depois de uma certa idade não se pode tudo; mas tudo que é possível é muito melhor do que aquele tudo que acreditamos estar sempre ao nosso lado, mas nunca chegamos a alcançar.

O que pretendemos é estimular qualquer um da terceira idade a melhorar sua condição de saúde e com isto sua condição de vida.

A informação contida abaixo tem a intenção de servir de referência para que o leitor busque conhecimento mais aprofundado e direcionado às suas necessidades específicas. Consideramos crucial o acompanhamento médico. Sempre tenha em conta que há uma grande diferença entre um médico para adultos e um especializado em geriatria.

Antes de começar a praticar qualquer atividade física e uma nova vida consulte seu médico.

Primeiro passo - conversa com o médico:

Pequenos empecilhos e medos

O que foi no passado ficou para trás, medo de quebrar-se, quebrar a inércia e fugir do sedentarismo, percepção errada de limite, princípios básicos de exercícios.

Dores

qual a diferença entre cansaço e dor?, quais as dores normais da nova carga de exercícios?, qual é a dor de aviso de sobrecarga?, qual é a dor de lesão, qual a dor de machucado?, quanto tempo este tipo de dor vai demorar para desaparecer?

A família e o social

Lugar de velho é no sofá ou na cama, falta de apoio familiar, medos reais da família levados ao extremo, a família sabe sobre o que é atividade física para terceira idade?

O idoso e a atividade física

agora ou nunca, por que ter vergonha da própria aparência? Ela vai melhorar, atividade física abre as portas para novas amizades, fazer a dois rende mais que sozinho, caminhar, mudar hábitos caseiros: usar menos o controle remoto, por exemplo, levar o neto ou o cachorro para passear, dançar - faz milagres, sempre começar passo a passo, com calma, controlando ansiedades, musculatura se desenvolve mais devagar, equilíbrio um pouco mais precário, consciência plena de que se quebrar algo vai demorar para ficar inteiro, a visão já não é a mesma, o pescoço não vira como antes, há uma sombra de visão do óculos, necessidade de confirmar o que está vendo, a capacidade de perceber o movimento dos outros é menor, reflexos - são mais lentos.

Equipamento recomendado

Quadro que tenha tubo superior baixo ou feminino - até para homens, bicicleta que tenha movimento central baixo - facilita apoiar os pés no chão e sair rápido da bicicleta se for o caso (alternativa são estes novos modelos semi-recumbent (semi inclinados) que permitem apoiar completamente os dois pés no chão), suspensão dianteira no mínimo, pneus largos (2.1 ou 2.2) para absorver melhor as irregularidades do piso, boa opção é canote de selim com suspensão, posição de guidão mais alta - facilita o giro do pescoço e a visão do trânsito, freios que não sejam muito sensíveis ou bruscos, capacete obrigatório, óculos de proteção obrigatório, luvas, celular no bolso - sempre.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Corrida na terceira idade

Corrida / Caminhada











Corrida na terceira idade

Fonte: http://www.educacaofisica.com.br/index.php/voce-ef/98-saude-bem-estar/6964-corrida-na-terceira-idade

Veja dicas de especialistas e entenda como deve ser feita a atividade para quem já passou dos sessenta

Depois de alguns anos, quando a idade chega, algumas coisas no corpo tendem a mudar com relação à juventude, e os cuidados com o bem-estar físico e mental são ainda mais necessários. A realização de exercícios físicos, desta forma, se torna essencial, tanto para reforçar a parte muscular e óssea quanto para deixar a mente sã para novos anos de vida.

Porém, como quase tudo relativo à terceira idade, a evolução nos esportes também deve acontecer com amadurecimento e sabedoria, nunca almejando fatos além da capacidade atual ou na qual o corpo não o permita. Então, para que tudo ocorra bem, é de extrema importância que o indivíduo realize exames periódicos com um médico, que irá avaliar a potência do seu corpo e qual carga ele pode suportar.

Logo após completar essa etapa, é altamente recomendável a procura de um profissional do esporte, que auxiliará o atleta durante o exercício. É importante a presença de um profissional, pois ele é o único que pode dar o suporte necessário ao corredor idoso em qualquer situação.

Com calma se vai longe

Três aspectos da corrida, que são importantes para qualquer atleta, ganham ainda mais destaque para corredores que já passaram dos sessenta. São eles: o volume, que é a quantidade de quilômetros treinados, a intensidade, relativo à força exercida pelo atleta durante as passadas, e a frequência de treinamento, que varia de acordo com a disponibilidade semanal do indivíduo.

Esses três itens variam de acordo com o físico de cada pessoa. Porém é possível ter uma ideia da média de treinamento semanal relativo à esta idade. É necessário para o idoso realizar treinos de corrida no máximo quatro vezes por semana, com o tempo de 30 minutos, em uma frequência moderada ou leve.

Uma das principais virtudes da melhor idade é saber utilizar a calma e a paciência adquiridas ao longo da vida. Desta forma, não deixar a afobação tomar conta durante a corrida é o mais indicado, já que a pressa excessiva pode afetar o corpo do indivíduo, causando até mesmo algumas lesões.

 O idoso tem que pensar na saúde em primeiro lugar e, por vezes, até esquecer um pouco sua performance na corrida, pois a melhor maneira de manter uma boa saúde é realizando o que está no seu parâmetro.

Prazer pela saúde

Para conseguir elevar a saúde não basta apenas seguir rigidamente os treinamentos ou levar o exercício físico muito a sério. O idoso deve fazer com que a prática da corrida se torne para ele algo prazeroso, já que, quanto mais gosto tiver pelo que faz, mais bem realizada e mais consequências positivas ela trará.

Feita de forma consciente e respeitando os limites impostos pela idade, a corrida só trará benefícios para o atleta. A prática do esporte pode influenciar nos seguintes aspectos:

> Melhora na pressão arterial;
> Melhor autonomia física e mental;
> Menos estresse;
> Menor peso e, consequentemente, menor sobrecarga na coluna e articulações;
> Manutenção óssea e muscular;
> Perda de peso;
> Regulação do sono e do sistema digestivo;
> Melhor controle do diabetes.

Uma caminhada, aliada com alimentação balanceada, pode ser uma boa pedida para ajudar na evolução dos esportistas da “melhor idade”. É importante, entretanto, que o esporte seja executado de maneira correta. Fatores como vestimenta adequada, boa hidratação antes, durante e depois do exercício, evitar lugares poluídos e não correr em jejum só trarão benefícios.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Kaizen

Gestão











Kaizen

Ref.: http://www.infobibos.com/Artigos/2006_2/5s/Index.htm

Kaizen é uma palavra japonesa que significa mudança para melhor ou  aprimoramento contínuo e que permeia toda a Administração Japonesa. Kaizen pode então, até servir de sinônimo de  Administração Japonesa.

E a chamada Administração Japonesa de hoje, na realidade, é toda uma tradição de educação de berço do japonês, complementada por conhecimentos do management norte-americano a partir dos Anos 50. Em outras palavras, valores humanos japoneses complementados por conhecimentos técnicos em Administração norte-americanos, e aplicados em empresas japonesas.

Essa interação começou a acontecer a partir de 1950, não só em função de sua derrota frente aos Estados Unidos em 1945, mas principalmente com a adesão dos japoneses às práticas de negócios dos norte-americanos. Tanto é que em julho de 1950, “W. E. Deming foi convidado a ir ao Japão e ensinar o controle estatístico da qualidade em um seminário de oito dias, organizado pela JUSE” Japanese Union of Scientists and Engineeers, que juntamente com uma série de outras instituições em consonância com o governo e o povo japonês, promoveram a ascensão da economia japonesa.

Quatro anos mais tarde, em julho de 1954, foi a vez de J. M. Juran ser convidado a ensinar aos japoneses, por sua vez, a chamada Administração do Controle da Qualidade – segundo Masaaki Imai, “Essa foi a primeira vez que o CQ foi abordado a partir da perspectiva da administração total”.
Os japoneses se maravilharam com as ideias de Juran e Deming porque elas se harmonizavam com o seu tradicional espírito de consenso de grupo, que remonta desde a época dos samurais:

1o. Para  Juran, gerenciamento estratégico da qualidade “é uma abordagem sistemática para o estabelecimento e obtenção de metas de qualidade por toda a empresa”.  Isto é, qualidade é responsabilidade de todos em uma empresa, não só de um departamento específico de qualidade.

2o. Para Deming, “O objetivo do administrador do sistema é o de otimizar o sistema como um todo. Sem uma administração do sistema visto como um todo, subotimizações certamente irão ocorrer. Subotimizações geram perdas”. Isto é, qualidade é a empresa como um todo que a desenvolve, a partir do Ciclo de Controle de Deming, que é o famoso PDCA – Plan-Do-Check-Act ou Planejar-Executar-Comparar-Tomar Providências.

E desde então, japoneses foram fomentando a idéia de TQC – Total Quality Control como um todo processo integrado, conforme “Deming enfatizou a importância da interação constante entre pesquisa, projeto, produção e vendas para a empresa chegar à melhor qualidade, que satisfaz os consumidores”.

Então, Kaizen é um todo processo integrado de TQC – Total Quality Control de aprimoramento contínuo, que é a essência da Administração Japonesa.  E os japoneses dão importância tanto a esse processo integrado, quanto ao resultado que se busca – o meio é tão importante quanto o fim. É tão importante fazer bem feito (eficiência) quanto obter o resultado certo (eficácia). Como disse certa vez Osho, grande promotor do auto-conhecimento, “a jornada é o próprio objetivo!”. Ou seja, o segredo do resultado positivo está em trabalhar bem o processo que gera resultado. Ora, o resultado é uma coisa estática e o processo é toda uma vida dinâmica de trabalho colaborativo entre pessoas usufruindo e compartilhando coisas, que deve ser muito bem vivido. Para os japoneses é isso aí:  é muito importante ganhar dinheiro, mas trabalhando e vivendo de forma mais satisfatória possível, unindo o útil ao agradável – afinal, passamos mais de um terço de nossas vidas trabalhando. Esta é a essência da Administração Japonesa chamada Kaizen: buscar ao mesmo tempo resultado e processo em busca desse resultado.

Para buscar resultado, na empresa todos devem ter objetivo e missão comuns. Mas ao mesmo tempo, durante o período de trabalho devem trabalhar e viver de forma mais equilibrada e satisfatória possível. Porque trabalhando e vivendo de forma mais equilibrada e satisfatória possível, tende-se a aumentar a produtividade e melhorar a qualidade, que por sua vez, tende à conquista do resultado positivo no mercado. Ora, trabalha-se e vive-se de forma mais equilibrada e satisfatória possível, se pelo menos três quesitos forem atendidos:

1o. Estabilidade financeira e emocional ao empregado – daí porque empresas japonesas ainda hoje procuram manter o emprego vitalício, para principalmente, evitar preocupações de sobrevivência e sustento da família. Para tanto, é necessário que todos tenham consciência de que, a empresa como um todo, deverá obter resultado positivo.

2o. Clima Organizacional agradável – japoneses “forçam a barra” para que todos se deem bem e vivam em harmonia entre os desiguais e os contrários – eles dizem natural e sutilmente gaman sena iken, ou seja, tem que aguentar. Desde a remota era dos primeiros samurais em torno dos anos 700, conforme relata Ferri de Barros, os japoneses pela forte influência da cultura chinesa e principalmente, de Lao Tse e Confúcio,  promovem o espírito wa – a harmonia.  Harmonia em tudo. Harmonia entre os desiguais, harmonia entre os contrários. Harmonia entre o Bem e o Mal. Harmonia entre a alegria e a tristeza. Harmonia entre a bem-aventurança e a desgraça. Sobretudo, harmonia entre pessoas. Não é à toa que empresas japonesas maravilham-se com preceitos tayloristas como “cooperação, não individualismo” e “harmonia, em vez de discórdia”. Não só Taylor como também Fayol é muito bem-vindo aos anseios japoneses porque este promove ordem, disciplina, subordinação do interesse particular ao interesse geral, eqüidade e união do pessoal, dentre outros princípios gerais de Administração.

3o. Ambiente simples, funcional e agradável – é aqui que se inserem os tão chamados 5 “S” da Administração Japonesa.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Raquel de Queiroz

Leitura











Raquel de Queiroz

Aniversariante do mês, Raquel de Queiroz nasceu em 17 de novembro de 1910 e morreu também em novembro, no ano de 2003, no dia 04.

Raquel de Queiroz foi tradutora, romancista, escritora, jornalista, cronista e dramaturga. Autora de destaque na ficção social nordestina, foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras.

Nossa homenagem a Raquel de Queiroz através dessa crônica, publicada no jornal "O Estado de São Paulo" em 13/01/2001.


A Velha Amiga
(Raquel de Queiroz)

Conversávamos sobre saudade. E de repente me apercebi de que não tenho saudade de nada. Isso independente de qualquer recordação de felicidade ou de tristeza, de tempo mais feliz, menos feliz. Saudade de nada. Nem da infância querida, nem sequer das borboletas azuis, Casimiro.

Nem mesmo de quem morreu. De quem morreu sinto é falta, o prejuízo da perda, a ausência. A vontade da presença, mas não no passado, e sim presença atual.

Saudade será isso? Queria tê-los aqui, agora. Voltar atrás? Acho que não, nem com eles.

A vida é uma coisa que tem de passar, uma obrigação de que é preciso dar conta. Uma dívida que se vai pagando todos os meses, todos os dias. Parece loucura lamentar o tempo em que se devia muito mais.

Queria ter palavras boas, eficientes, para explicar como é isso de não ter saudades; fazer sentir que estou exprimindo um sentimento real, a humilde, a nua verdade. Você insinua a suspeita de que talvez seja isso uma atitude.

Meu Deus, acha-me capaz de atitudes, pensa que eu me rebaixaria a isso? Pois então eu lhe digo que essa capacidade de morrer de saudades, creio que ela só afeta a quem não cresceu direito; feito uma cobra que se sentisse melhor na pele antiga, não se acomodasse nunca à pele nova. Mas nós, como é que vamos ter saudades de um trapo velho que não nos cabe mais?

Fala que saudade é sensação de perda. Pois é. E eu lhe digo que, pessoalmente, não sinto que perdi nada. Gastei, gastei tempo, emoções, corpo e alma. E gastar não é perder, é usar até consumir.

E não pense que estou a lhe sugerir tragédias. Tirando a média, não tive quinhão por demais pior que o dos outros. Houve muito pedaço duro, mas a vida é assim mesmo, a uns traz os seus golpes mais cedo e a outros mais tarde; no fim, iguala a todos.

Infância sem lágrimas, amada, protegida. Mocidade - mas a mocidade já é de si uma etapa infeliz. Coração inquieto que não sabe o que quer, ou quer demais.

Qual será, nesta vida, o jovem satisfeito? Um jovem pode nos fazer confidências de exaltação, de embriaguez; de felicidade, nunca. Mocidade é a quadra dramática por excelência, o período dos conflitos, dos ajustamentos penosos, dos desajustamentos trágicos. A idade dos suicídios, dos desenganos e, por isso mesmo, dos grandes heroísmos. É o tempo em que a gente quer ser dono do mundo - e ao mesmo tempo sente que sobra nesse mesmo mundo. A idade em que se descobre a solidão irremediável de todos os viventes. Em que se pesam os valores do mundo por uma balança emocional, com medidas baralhadas; um quilo às vezes vale menos do que um grama; e por essas medida, pode-se descobrir a diferença metafísica que há entre uma arroba de chumbo e uma arroba de plumas.

Não sei mesmo como, entre as inúmeras mentiras do mundo, se consegue manter essa mentira maior de todas: a suposta felicidade dos moços. Por mim, sempre tive pena deles, da sua angústia e do seu desamparo. Enquanto esta idade a que chegamos, você e eu, é o tempo da estabilidade e das batalhas ganhas. Já pouco se exige, já pouco se espera. E mesmo quando se exige muito, só se espera o possível. Se as surpresas são poucas, poucos também os desenganos.

A gente vai se aferrando a hábitos, a pessoas e objetos. Ai, um um dos piores tormentos dos jovens é justamente o desapego das coisas, essa instabilidade do querer, a sede do que é novo, o tédio do possuído.

E depois há o capítulo da morte, sempre presente em todas as idades. Com a diferença de que a morte é a amante dos moços e a companheira dos velhos.

Para os jovens ela é abismo e paixão. Para nós, foi se tornando pouco a pouco uma velha amiga, a se anunciar devagarinho: o cabelo branco, a preguiça, a ruga no rosto, a vista fraca, os achaques. Velha amiga que vem de viagem e de cada porto nos manda um postal, para indicar que já embarcou.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Aniversariante: Art Garfunkel

Música













Aniversariante: Art Garfunkel

Dia 05 de novembro é aniversário de Art Garfunkel que, entre 1958 e 1970 formou com Paul Simon a dupla Simon & Garfunkel.

Entre suas mais famosas criações está Bridge Over Troubled Water, que pode ser vista abaixo, seguido da tradução e do clip da canção que é interpretada por Garfunkel.

Bridge Over Troubled Water

When you're weary
Feeling small
When tears are in your eyes
I will dry them all

I'm on your side
When times get rough
And friends just can't be found
Like a bridge over troubled water
I will lay me down
Like a bridge over troubled water
I will lay me down

When you're down and out
When you're on the street
When evening falls so hard
I will comfort you

I'll take your part
When darkness comes
And pain is all around
Like a bridge over troubled water
I will lay me down
Like a bridge over troubled water
I will lay me down

Sail on Silver Girl,
Sail on by
Your time has come to shine
All your dreams are on their way

See how they shine
If you need a friend
I'm sailing right behind
Like a bridge over troubled water
I will ease your mind
Like a bridge over troubled water
I will ease your mind


Tradução:

Ponte Sobre Águas Turbulentas

Quando estiveres cansada
Sentindo-se pequena
Quando lágrimas estiverem nos teus olhos
Irei enxugá-las todas

Eu estou ao teu lado
Quando os tempos ficarem difíceis
E amigos não puderem ser achados
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei me deitar
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei me deitar

Quando tu estiveres arruinada
Quando estiveres na rua
Quando o anoitecer vier tão forte
Eu te confortarei

Eu me colocarei ao teu lado
Quando a escuridão chegar
E o sofrimento estiver pra todo lado
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei me deitar
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu irei me deitar

Veleja, Garota Prateada,
Vá velejando
Sua vez chegou pra brilhar
Todos os teus sonhos estão no teu caminho

Vê como eles brilham
Se precisares de um amigo
Eu estou navegando logo ao teu lado
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu aliviarei a tua mente
Como uma ponte sobre águas turbulentas
Eu aliviarei a tua mente




Ouvir










Vamos ouvir essa bela canção com a dupla Simon & Garfunken

https://www.youtube.com/watch?v=C-PNun-Pfb4

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Os 10 erros mais comuns que ciclistas novatos cometem

Ciclismo com responsabilidade











Os 10 erros mais comuns que ciclistas novatos cometem

Ref.: http://www.praquempedala.com.br/blog/os-10-erros-mais-comuns-que-ciclistas-novatos-comentem-o-que-nao-fazer/

O vídeo que trazemos no final dessa postagem traz algumas dicas importantes, algumas delas são específicas para provas de ciclismo, mas no geral elas são importantes para o conhecimento de todo ciclista. Abaixo uma tradução desses erros mais comuns e ao final o link do vídeo:

1) Não use o capacete ao contrário: Preste atenção e não coloque o seu capacete ao contrário. Acredite… isso acontece bastante!

2) Não use roupas de baixo (Cueca, calcinha, fio dental, etc.) por de baixo da bermuda de ciclismo. Ela foi feita para usar “sem nada”.

3) Não use bolsas de quadro ou de top tube. Quanto menos na bike melhor. Se precisar, use uma pequena de selim.

4) Não deixe de levar comida suficiente para o seu pedal. Todos já passamos pela terrível sensação de fome. Então, prepare-se.

5) Não deixe de estar preparado para problemas mecânicos. Um kit básico de reparos da bike deve sempre acompanha-lo. (O kit mínimo recomendado é: Duas câmaras de ar, uma bomba ou CO2, espátulas e um canivete de chave allen com chave de corrente).

6) Não coma demais antes de um grande evento. Não exagere na massa. Coma bastante mas não exagere. Isso pode te prejudicar na prova.

7) Não se perca. Cuidado ao explorar novos terrenos. Você pode acabar andando mais do que pode (lembre-se que tem a volta) ou voltando para casa a noite.

8) Não treine demais. Observe os sinais de “Over trainning” e descanse quando necessário. Senão pode acabar piorando com o excesso de treino.

9) Não deixe de beber água suficiente. A desidratação durante um pedal é muito grande. Lembre-se sempre de levar bastante água e toma-la com frequência.

10) Não esqueça de desencaixar o pé antes de parar a sua bicicleta. Esse é o tombo que todos os ciclistas já tiveram. Cair que nem uma jaca com o pé preso na bike.


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=-HwWGYAYQBo


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Ciclo PDCA

Qualidade












Ciclo PDCA

É um ciclo de análise e melhoria, criado por Walter Shewhart, em meados da década de 20 e disseminado para o mundo por Deming. Esta ferramenta é de fundamental importância para a análise e melhoria dos processos organizacionais e para a eficácia do trabalho em equipe.

O Ciclo PDCA (em inglês Plan, Do, Check e Action) é uma ferramenta gerencial de tomada de decisões para garantir o alcanço das metas necessárias à sobrevivência de uma organização, sendo composto das seguintes etapas:

Planejar (PLAN)

> Definir as metas a serem alcançadas;
> Definir o método para alcançar as metas propostas.

Executar (DO)

> Executar as tarefas exatamente como foi previsto na etapa de planejamento;
> Coletar dados que serão utilizados na próxima etapa de verificação do processo;
> Nesta etapa são essenciais a educação e o treinamento no trabalho.

Verificar, checar (CHECK)

> Verificar se o executado está conforme o planejado, ou seja, se a meta foi alcançada, dentro do método definido;
> Identificar os desvios na meta ou no método.

Agir corretivamente (ACTION)

> Caso sejam identificados desvios, é necessário definir e implementar soluções que eliminem as suas causas;
> Caso não sejam identificados desvios, é possível realizar um trabalho preventivo, identificando quais os desvios são passíveis de ocorrer no futuro, suas causas, soluções etc.




O PDCA pode ser utilizado na realização de toda e qualquer atividade da organização. Sendo ideal que todos da organização utilizem esta ferramenta de gestão no dia-a-dia de suas atividades.

Desta forma, elimina-se a cultura “tarefeira” que muitas organizações insistem em perpetuar e que incentiva a se realizar o trabalho sem antes planejar, desprezando o autocontrole, o uso de dados gerados pelas medições por indicadores e a atitude preventiva, para que os problemas dos processos nunca ocorram.

O Ciclo PDCA para Manutenção e Melhoria de Resultados

O Ciclo PDCA pode ser usado para manter ou melhorar os resultados de um processo.

Quando o processo está estabilizado, o Planejamento (P) consta de procedimentos padrões
(Standard) e a meta já atingida são aceitáveis, usamos o Ciclo PDCA para manutenção dos resultados.

Ao contrário, quando o processo apresenta problemas que precisam ser resolvidos, utilizamos o
Ciclo PDCA para melhoria de resultados (Método para Análise e Solução de Problemas – MASP).