segunda-feira, 25 de novembro de 2013

7 desperdícios na produção

Gestão










7 desperdícios na produção

Ref.: http://www.citisystems.com.br/7-desperdicios-producao/

O maior foco das indústrias que aplicam a ferramenta do Lean Manufacturing é combater os 7 desperdícios que podem ocorrer na produção de um produto. Existem várias formas de desperdícios e um exemplo é quando se produz mais do que o necessário, ou mesmo, mais rápido ou antes do que é preciso. Ele também pode ocorrer quando o produto não é enviado ao consumidor, desencadeando uma série de eventos que geram custos financeiros e operacionais.

Existem dois tipos de desperdícios: os que são visíveis e os que são ocultos. Com relação aos ocultos, é muito importante que eles sejam descobertos e eliminados antes que possam se tornar grandes demais, incorrendo em uma fonte maior de problemas para a empresa. Uma analogia interessante para exemplificar os problemas visíveis e ocultos é quando imaginamos um iceberg. A ponta do iceberg, que fica visível às pessoas representa os desperdícios visíveis: defeitos, retrabalhos, excesso, refugos ou atividades de inspeções. Já o restante do iceberg, que é muito maior do que seu topo, é composto pelos desperdícios ocultos. Alguns exemplos destes desperdícios são: custos de urgência nas entregas, procedimentos desnecessários, falhas de equipamentos, tempo perdido em função de acidentes, excesso de inventário, etc.

Os desperdícios podem assumir deferentes formas, podendo ser encontrados no processamento de um produto ou em entradas e saídas desnecessárias. Podem ainda ser observados na forma de material, estoque, equipamento, infraestrutura, utilidades, documentos, movimentos e outras atividades que não agregam valor.

Quais são os 7 desperdícios da produção?

Os sete desperdícios da produção foram identificados e categorizados por Taiichi Ohno,  um engenheiro de produção que iniciou sua carreira no setor automotivo em 1943 e é considerado o pai do TPS (TOYOTA PRODUCTION SISTEM),. Segundo ele os desperdícios podem ser categorizados da seguinte forma:

1. Defeitos;
2. Excesso de produção ou Superprodução;
3. Espera;
4. Transporte;
5. Movimentação;
6. Processamento inapropriado;
7. Estoque.

Vamos detalhar cada um deles, os 3 primeiros nesse post e os 4 últimos na quarta-feira:

1 – Defeitos

O que é:

Processamento na produção de produtos defeituosos;
Processamento devido ao retrabalho de produtos defeituosos;
Materiais utilizados na ocorrência de produtos defeituosos e retrabalhos;

Causas:

Falta de objetividade na especificação do cliente com relação ao produto;
Processos incapazes;
Falta de controle de processo;
Incapacitação de pessoas ou pessoas não qualificadas;
Setorização ou departamentalização ao invés de qualidade total;
Fornecedores desqualificados.
Qualidade é fazer a coisa certa logo na primeira vez. Trata-se de prevenção e planejamento, não de correção e inspeção. A má qualidade ou defeitos não só resultam na insatisfação do cliente e danos à imagem da empresa, como também em desperdícios devido aos custos e tempo envolvidos em repor um produto defeituoso. Sendo assim, a melhoria contínua e medidas de prevenção são os meios mais eficazes para reduzir os desperdícios causados por defeitos.

2 – Excesso de Produção ou Superprodução

O que é:

Produzir mais do que o necessário;
Produzir mais rápido do que o necessário;

Causas:

Incentivos e metas por volume (vendas, compras, pagamento, PLR);
Aumento da capacidade do equipamento;
Desequilíbrio na linha de produção: Agendamento deficiente/mudanças;
Planejamento de produção deficiente;
Práticas contábeis de custos que incentivam o aumento de estoques
A superprodução ocorre quando há maior produção do que a empresa pode vender, resultando em um aumento no estoque de produtos acabados. A superprodução esconde desperdícios, uma vez que muitos pensam que o estoque é considerado um ativo de valor para a empresa, quando na verdade a maioria deles podem se tornar obsoletos ou implicar em custos para mantê-los até que possam ser vendidos. Observe que existe ainda o risco deles não serem vendidos. O Just-in-time e as regras de Kanban são uma boa alternativa para evitar o excesso de desperdício referente à superprodução. Um fato importante é que a aplicação de sistemas Lean favorece equipamentos de menor porte, em grandes parte, com o intuito de evitar a superprodução.

3 – Estoque

O que é:

Estoque excessivo de produto final;
Estoque excessivo de matérias-primas e insumos.

Causas:

Produção excessiva;
Desequilíbrio na linha;
Grande tamanho dos lotes;
Alto tempo entre o pedido e entrega do produto (lead time);
Alta taxa de retrabalho;
Falta de requisição de materiais e padrões de compras;
Os desperdícios de estoque podem ser originados na compra e armazenamento de excedentes de insumos, materiais ou outros recursos. Eles também possuem origem no excesso de materiais em processo (WIP ou work-in-process) acumulados. A principal causa é, muitas vezes, devido à falta de planejamento e desconhecimento do departamento de compras com relação ao consumo real ou taxa de utilização de um determinado recurso. Ter excesso de estoque significa um maior custo para a empresa, ocupação de área, manutenção do inventário e do estoque. Reforçando novamente que existe a possibilidade de se armazenar produtos obsoletos como ferramentas e materiais. Para evitar o desperdício é necessário um planejamento de compras eficiente e que após a produção do produto o mesmo seja enviado diretamente ao cliente.

Na próxima quarta-feira finalizaremos essa explanação com os 4 últimos desperdícios.

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