segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Tim Maia

Música
















Tim Maia

O cantor e compositor brasileiro Sebastião Rodrigues Maia, mais conhecido como Tim Maia, nasceu no dia 28 de setembro de 1942, na cidade do Rio de Janeiro. Ele cresceu no Bairro da Tijuca, iniciando sua atividade artística ainda na infância, quando compunha então suas primeiras canções.

Sua significativa importância na Música Popular Brasileira foi principalmente ter inserido nesta vertente musical a interpretação em estilo soul. Sua voz grave e intensa contribuiu para a fusão destes dois elementos, convertendo-o, a partir dos anos 70, em um dos principais intérpretes e compositores brasileiros, um campeão de vendas e de ‘hits’ veiculados pela mídia.

Precoce, Tim Maia já tinha seu próprio grupo musical aos 14 anos, Os Tijucanos do Ritmo, de curta duração, no qual ele exercitava seus dotes de percussionista. Em 1957, já dominando o violão, ele dava aulas para Roberto e Erasmo Carlos, e com o primeiro integrava a banda Os Sputniks.

Dois anos depois ele foi para os EUA estudar inglês, principiando aí sua trajetória como vocalista. Somente em 1968 ele lança seu primeiro compacto solo, pela gravadora CBS.

Com a gravação de um novo trabalho, em 1969 sua caminhada musical começa a se firmar. Um ano depois ele lança o primeiro vinil em formato LP, Tim Maia, pela Polygram, indicado pelo conjunto Os Mutantes, o qual alcançou durante 24 semanas o topo das paradas no Rio de Janeiro.

Nos três anos posteriores ele gravou outros três LPs.

Tim lança em 1975 os trabalhos Tim Maia Racional volumes 1 e 2, por um selo próprio intitulado Seroma, que se refere ao termo ‘amores’ e contém também o nome completo do cantor, abreviado. Neste período o artista conseguiu ficar distante de seus vícios, o que influenciou positivamente o timbre de sua voz. Assim, estes são seus trabalhos mais bem aceitos pela crítica. Posteriormente, porém, movido por motivos particulares, tirou os discos do circuito, o que os converteu em preciosas raridades.

Na década de 80 ele gravou os álbuns O Descobridor dos Sete Mares, de 1983; Um dia de Domingo, de 1985; e Tim Maia, de 1986, seus mais significativos trabalhos. No ano de 1988 ele conquistou o Prêmio Sharp como Melhor Cantor. Em 1992 ele agradeceu a gravação de seus hits por ícones da música brasileira gravando ‘Como uma onda’, de Lulu Santos e Nelson Motta. Nesta década ele trabalhou ativamente, lançando mais de um CD por ano.

Ao longo de sua carreira ele enfrentou sérias dificuldades com o álcool – ingeria pelo menos três garrafas de uísque todo dia -, com a maconha e a cocaína. Tinha um gênio difícil, cultivava inimizades, processos de trabalho, conflitos com críticos, rejeição de antigos amigos e ausências nos próprios shows.

Tim Maia morreu no dia 15 de março de 1998, na cidade de Niterói, de infecção generalizada; com a saúde frágil, mesmo assim tentou realizar um show, não suportando as exigências impostas ao seu organismo. Hoje sua memória continua viva, principalmente através de seu sobrinho Ed Motta, herdeiro de seu talento musical.
Vamos ler e ouvir um pouco do talento de Tim Maia:

Carioca da gema, o ícone Tim Maia nasceu e cresceu na Tijuca, onde fez parte de um grupo de amigos que iria mudar para sempre a cara da MPB. Dessa turma faziam parte: Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Jorge Ben Jor. Durante décadas, Tim colecionou sucessos, conquistou seu lugar no coração do povo brasileiro e se consolidou como um ídolo eterno.

A voz potente, o senso rítmico aguçado e o carisma inigualável foram os elementos que marcaram o estilo inconfundível do Síndico do Brasil, que influenciou artistas como Roberto Carlos, Jorge Ben Jor, Marisa Monte, Jota Quest, Ivete Sangalo, Racionais MC's e mais uma legião de craques da MPB. Pai da Soul Music brasileira morou por cinco anos nos EUA, bebendo na fonte sendo influenciado pelo Funk e Soul. Uma overdose à la Motown. Foi eleito pela revista Rolling Stone Brasil o 9º maior artista da música brasileira (Fonte: Rolling Stone Brasil

Vamos ler e depois ouvir Tim Maia?


O Descobridor Dos Sete Mares
(Tim Maia)

Uma luz azul me guia
Com a firmeza e os lampejos do farol
E os recifes lá de cima
Me avisam dos perigos de chegar

Angra dos Reis e Ipanema
Iracema, Itamaracá
Porto Seguro, São Vicente
Braços abertos sempre a esperar

Pois bem, cheguei
Quero ficar bem à vontade
Na verdade eu sou assim
Descobridor dos sete mares
Navegar eu quero

Uma luz azul me guia
Com a firmeza e os lampejos do farol
E os recifes lá de cima
Me avisam dos perigos de chegar

Angra dos Reis e Ipanema
Iracema, Itamaracá
Porto Seguro, São Vicente
Braços abertos sempre a esperar

Pois bem, cheguei
Quero ficar bem à vontade
Na verdade eu sou assim
Descobridor dos sete mares
Navegar eu quero

Uma lua me ilumina
Com a clareza e o brilho do cristal
Transando as cores dessa vida
Vou colorindo a alegria de chegar

Boa Viagem, Ubatuba
Grumari, Leme e Guarujá
Praia Vermelha, Ilhabela
Braços abertos sempre a esperar

Pois bem, cheguei
Quero ficar bem à vontade
Na verdade eu sou assim
Descobridor dos sete mares
Navegar eu quero sim



Ouvir













https://www.youtube.com/watch?v=uph0CERrjPM

(postagem 192)

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Seja mais rápido, mas sem pressa!

Qualidade
















Seja mais rápido, mas sem pressa!

Fonte: http://www.blogdaqualidade.com.br

No meio de tanta estratégia, a gente vê muita conversa, muita “espuma” e ego demais. Discussões de quem sabe mais e quem não sabe e mesmo quando as conversas são extremamente proveitosas, nem sempre vemos ações efetivas. O que muita gente não sabe é que estratégia de verdade requer um nível de movimento e velocidade incrível. Afinal, não adianta agir certo, mas atrasado, o tempo tem que estar a seu favor para que aconteçam inovações!

A realidade que a gente vive é de muita incerteza e transformações radicais em todo contexto mercadológico e combinar isso com um excesso de planos gera uma paralisia pela análise, até porque, planos perfeitos implantados com atraso são muito piores do que plano nenhum.

Não se precipite, não estamos falando de eliminar planejamento, estamos falando de ganhar velocidade, e através disso, vou dizer algumas diretrizes para ser mais dinâmico estrategicamente:

Busque velocidade máxima, mas sem pressa.

Não confundir velocidade com pressa é o princípio de tudo. Entende-se a pressa como adjetivo de ansiedade, impaciência e intranquilidade, e tudo isso leva a lentidão, retrabalho e a baixa competitividade. Para conseguir uma velocidade alta externa, a velocidade interna tem que ser baixa, que pode ser desenvolvida a partir de conhecimento e gestão consciente da própria organização, ou seja, conhecendo suas forças e fraquezas muito bem, você conseguirá ser estratégico.

Mantenha a postura de fazer acontecer!

Para ganhar velocidade aprendendo a lidar com as incertezas de forma excelente, é necessário ter equipes empreendedoras, autoconfiantes, automotivadas, decididas e orientadas a agir. Pessoas ativas, que identifiquem o que deve ser feito e façam sem a necessidade de serem mandadas fazer, persistentes que não desistem até concluir o trabalho, com senso de urgência e que assumem riscos com consciência, fazem apostas esperando o sucesso, e quando erram trazem a aprendizagem como um crescimento para demais equipes.

Para que isso seja realidade, é necessário um trabalho de liderança incrível que estende esse conceito da alta diretoria para todos, principalmente uma liderança que sabe que delegar não é largar e que entende que para sua equipe ser mais produtiva, você deve viabilizar essa produtividade, com, por exemplo, ferramentas que tornem o fluxo de comunicação entre equipes mais comum, trazendo aquele sentimento de “sou parte desse resultado” para toda organização.

Saiba o que é essencial e o que é periférico.

A velocidade está estreitamente ligada com a forma que você prioriza suas atividades. O que realmente é essencial e o que é derivado (ou periférico)? Esse discernimento deve estar em toda organização, o que ajudará que as pessoas certas estejam no lugar certo com a motivação certa e foco apropriado. O que polui o estratégico da organização é exatamente o excesso de preocupação com o periférico, tirando assim o foco do que é principal, do que é essencial para se alcançar os objetivos. Isso acontece não só por uma questão cultural, mas porque não se delega atividades claramente e nem se tem um controle sobre o que está acontecendo dentro das equipes.

(postagem 191)

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Bê-a-Bá do corredor - Parte 1

Corridas e Caminhadas














Bê-a-Bá do corredor
Parte 1

Para quem começou agora, veja esse dicionário com os termos mais utilizados na corrida. Faremos a postagem em três etapas, iniciando com o post de hoje, prosseguindo com outro post no dia 13 de outubro e finalizando dia 31 de outubro. Boa leitura e bom proveito.

A corrida possui um vocabulário específico, e não saber algumas palavras pode deixar um atleta “boiando” nas conversas durante os treinos e provas, ou sem entender uma instrução do seu treinador. Para acabar com qualquer dúvida reunimos em um pequeno dicionário os principais bordões utilizados nas ruas do Brasil.

Ácido Lático (lactato): composto orgânico produzido pelos músculos durante exercícios intensos. Provoca fadiga, dores musculares e cãibras.

Alongamento: série de exercícios que melhoram a flexibilidade, preparam o corpo para a atividade física, diminuem as dores musculares depois da corrida, o risco de lesão e aumentam a agilidade.

Altimetria: é geralmente representada por gráficos ou mapas, e indica as variações de altitude no percurso de uma prova. Com isso, o atleta pode visualizar as subidas e descidas que enfrentará ao longo da corrida.

Amador: aquele que pratica um esporte por paixão ou em busca de melhor qualidade de vida, sem receber qualquer retorno financeiro por isso.

Aquecimento: é a etapa inicial de uma sessão de treinamento, e prepara o corpo para os exercícios mais intensos. Geralmente é composta por uma caminhada ou trote leve.

Bater contra o muro: expressão utilizada por maratonistas, refere-se à marca dos 30 km, quando a sensação de esforço para completar a prova é tamanha que muitos dizem se assemelhar a correr de encontro a uma parede.

BC AA: é um suplemento alimentar composto da combinação dos aminoácidos isoleucina, leucina e valina. Ajuda na recuperação do sistema muscular, na recuperação pós-exercício e na melhora do sistema imunológico.

Biomecânica: ciência que estuda o mecanismo locomotor dos seres vivos, e permite aos atletas analisar e corrigir a postura e os movimentos para melhorar a performance.

Caloria: é a quantidade de energia ou calor necessário para elevar a temperatura de 1g de água em 1°C. Expressa o valor energético dos alimentos e da atividade física.

Caminhada: deslocamento natural do ser humano que pode ter sua velocidade alterada sem qualquer tipo de salto entre as passadas. É um exercício aeróbico eficaz para a saúde.

Coelho: corredor contratado pelos organizadores de corridas para ditar o ritmo dos atletas durante a prova, e serve de referência para os outros atletas. Também é chamado de marcador de ritmo, ou pacemaker.

Condicionamento físico: é a capacidade de uma pessoa realizar determinadas atividades físicas. A melhor forma de um indivíduo se manter condicionado é a prática regular de exercícios.

Core: região que engloba quadril, abdome e lombar. É considerado o centro de estabilização e produção de força do corpo.

Corrida: deslocamento do ser humano em que por alguns instantes os dois pés não mantêm contato com o solo.

Desidratação: acontece quando a quantidade ingerida de líquidos é menor do que a eliminada pelo organismo. Um dos seus primeiros sintomas é a sede.

Dor muscular tardia: geralmente se inicia algumas horas após o fim do exercício, e atinge seu ápice de intensidade depois de 24 a 48 horas.

(postagem 190)

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Crônica: Torcida adversária

Contos e Crônicas
















Torcida adversária

Aquele dia eu acordei cedo e estava “pilhado” como adjetivou meu filho. Era um lindo sábado do inverno curitibano.

Corri para a cozinha para engolir rapidamente um café e propor algo que certamente ninguém pensara ainda.

“Sabe quem joga aqui amanhã?” Joguei a pergunta no ar pronto para exibir minha sapiência frente à ignorância de todos.

“O Corinthians” Foi a resposta quase em uníssono dos três familiares que ocupavam aquela cozinha. Confesso que fiquei decepcionado, primeiro porque os três responderam sem que fosse necessário eu exibir meu conhecimento, segundo porque a resposta foi bastante desanimada, como se isso não interessasse a ninguém.

Já estava pronto para explicar que o jogo fazia parte da 12ª rodado do campeonato brasileiro daquele ano, que iria acontecer no chamado Alto da Glória, às 16hs do domingo, que era muito importante para o Corinthians que estava tentando manter uma invencibilidade importante. Mas tudo isso ficou sem sentido frente à apatia com que minha pergunta foi recebida.

Mas não desisti. Ataquei novamente:

“Já vi que nessa cozinha não tem nenhum corinthiano maloqueiro e sofredor, mas EU sou! E quero participar a todos que vou comprar ingresso e vou ao jogo amanhã”

Terminei a frase e levantei o queixo para deixar claro minha arrogância frente àqueles desanimados pseudo-torcedores.

“Pai... Acorda, né!” Tive que ouvir isso do meu filho mais novo. Que continuou: “Você acha que nós já não tentamos comprar ingresso? Até a mãe ia no jogo, só que acabaram os ingressos e já faz um tempão”

Menos mal.Aquele desânimo não era com o jogo em si, e sim com a impossibilidade de ir ao jogo. Meu lado mosqueteiro chegou a ficar contente.

“Pensei que vocês não estivessem interessados no jogo!”

“Pára, pai. No primeiro dia que começou a venda dos ingressos nós fomos no shopping, na bilheteria do estádio, em todo lugar e já não tinha mais” Dessa vez foi o mais velho que explicou.

Mas, como já disse, eu tinha acordado “pilhado” e não seria uma primeira negativa que iria me desanimar.

“Pois vamos procurar a torcida organizada”

“Já fomos”

“Vamos comprar ingresso da torcida adversária”

“...”

Não houve respostas. Isso significava um ponto para mim.

“E então?” Perguntei

“Na torcida do coxa, pai? Que coisa mais chata!”

“Chato é ficar em casa sabendo que o timão está jogando há poucos metros da nossa casa. Vamos lá, sacudam a poeira, façam cara de coxa branca e vamos comprar ingresso”

Nem eu estava convencido de que aquela era uma boa idéia, mas, como já dizia o sábio, a palavra depois de proferida não tem como voltar atrás.

Peguei meus dois garotos, um de cada lado, beijei a esposa e rumei para o estádio do adversário (ou inimigo) para a compra dos ingressos.

Ao chegar próximo ao estádio já deu para perceber que a tarefa não seria das mais agradáveis. Não havia lugar para estacionar nos quarteirões próximos, tive que deixar o carro há uns 2 quilômetros de distância e fazer uma caminhada forçada que não estava nos planos.

Chegando próximo às bilheterias uma fila imensa tanto no tamanho quanto na desorganização quase que me desanimou, mas lembrei-me novamente da frase que estava norteando aquela minha manhã: a palavra depois de proferida não tem como voltar atrás. Como explicar para dois pré adolescentes que eu me enganara e que não seria tão ruim ouvir o jogo pelo radio, com o Corinthians jogando há alguns metros de casa?

Procurei por uma fila menor, mas isso definitivamente não existia. Procurei por algum conhecido que estivesse na frente em alguma das filas, mas também não encontrei ninguém Não me restou outra alternativa, senão me posicionar no final da fila que me pareceu menos comprida e aguardar pacientemente por aquela romaria interminável.

Aquela experiência já não estava das melhores, mas quando os torcedores começaram um empurra-empurra para mostrar a insatisfação com a desorganização e demora da fila, aí sim a situação ficou insustentável.

“ô pessoal, aqui tem criança!” Gritei com a maior força e educação que pude reunir naquele momento.

“Cala a boca ô corinthiano do c...” Foi a resposta imediata.

Ops, será que me reconheceram? Mas, pensando bem, se fosse algum amigo meu, certamente não iria falar alto assim e muito menos naquele tom. Fiquei quietinho torcendo para ter sido apenas uma brincadeira de mau gosto, enquanto notava o olhar desapontado dos meninos que provavelmente esperavam que eu tirasse aquela situação a limpo.

Como eu sempre tive para mim a convicção de que é melhor ser um covarde vivo do que um herói morto, fiz cara de paisagem e fingi que não era comigo.

O empurra-empurra continuou por mais um tempo, depois a fila começou a andar um pouco mais rápido e no final das contas ninguém mais se lembrava da minha reclamação.

O duro desse tipo de fila é que sempre tem alguém que quer puxar conversa. Eu não sou particularmente fã de conversar com desconhecidos, não que eu não goste, mas é que não tenho assunto e a conversa fica entrecortada e acaba abruptamente, mostrando que era melhor não ter começado.

Mas esse tipo de lugar é particularmente propício a conversas entre desconhecidos, primeiro porque o tempo que se gasta ali é muito grande e sem ter o que fazer. Segundo porque todos dali têm algo em comum, ou pensam que tem: Torcem loucamente para o mesmo time. E aí foi inevitável.

“Amanhã tem que dar nós, heim?” A voz grave que ecoou atrás de mim me fez tremer. Imediatamente comecei a pensar se valia a pena levar aquela conversa adiante e correr o risco de ser desmascarado, ou dar um sorriso amarelo de quem não quer ser importunado. Escolhi a primeira opção.

“Pois é... Temos que ganhar.” Respondi olhando para trás e encarando um sorridente jovem que por aqui chamariam de polaco.

O polaco não se contentou com a resposta e prosseguiu.

“Será que o técnico vai com o Ademir?”

Arrisquei o básico: “Eu não vi a escalação”

 “Eu acho que o Ademir tem que entrar jogando. Tem que ir pra cima dos caras. Não é porque eles estão na nossa frente que a gente tem que se acovardar”

Tentei não me arriscar muito: “Eu sou partidário do 3-5-2”

“O que!!!” Ele praticamente gritou. “Então você quer que continue como está hoje?”

Notei que não fui feliz e tentei arrumar: “Mas hoje nós jogamos no 5-3-2. Eu acho que temos que arriscar, mas sem dar muita chance para o adversário”

Ele começou a perder a paciência comigo. Também depois de tanto tempo de fila não tem paciência que resista.

“Me desculpe, meu amigo, mas você não entende nada de futebol” Metralhou ele. “Que tipo de coxa branca você é que nem sabe em que esquema tático seu time está jogando?”

Tentei me defender sem dar armas ao inimigo, mas também sem assumir minha ignorância em relação ao time dele. “Veja bem, você tem seu ponto de vista e eu tenho o meu. Eu não fico preso ao que os comentaristas de vídeo tape ficam falando por aí, eu tenho minha opinião e para mim o coxa joga no 5-3-2, e se não mudar o esquema de jogo vai continuar perdendo”. Imediatamente me arrependi de ter partido para esse lado da conversa, mas já tinha falado e não dava para voltar atrás.
O polaco ficou roxo de raiva por se ver contrariado e quase quis me esganar com aquelas mãos que pareciam mais duas raquetes de tênis. Imediatamente outros colegas de fila entraram na discussão e por pouco não sai uma briga que certamente ficaria na história do Couto Pereira.

Felizmente entrou tanta gente da discussão que se esqueceram de mim e isso até ajudou a passar o tempo e a fila até parece que andou mais rápido.

Estávamos quase chegando na bilheteria quando alguém gritou, protegido pelos policiais: “Acabaram os ingressos”

A turma atrás de mim aparentemente nem ouviu o aviso, pois continuavam na interminável discussão sobre escalação, esquema tático e outras coisas do gênero.

Peguei meus dois filhos pelas mãos e, me esgueirando no meio da multidão, segui em direção ao carro.

Enquanto os meninos se lamentavam, eu silenciosamente agradecia a sorte de ter acabado os ingressos, pois se até chegar nas bilheterias eu me meti em tanta confusão, o que não aconteceria se eu conseguisse entrar no estádio na torcida adversária?

Sem dúvida, não seria tão ruim ouvir o jogo pelo rádio na tranqüilidade da minha casa.

(postagem 189)

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Sistema OPT (Optimized Production Tecnology)

Gestão













Sistema OPT (Optimized Production Tecnology)

Fonte: http://www.blogdaqualidade.com.br


O sistema OPT (Tecnologia da Produção Otimizada) foca os esforços da empresa para um único resultado: lucratividade. Desta forma, três indicadores financeiros são mais importantes: lucro líquido, retorno sobre o investimento e fluxo de caixa. Outros três indicadores de desempenho operacional também são muito importantes: taxa de produção de produtos, inventário e custos operacionais. Esses indicadores operacionais irão refletir diretamente nos indicadores financeiros da empresa. Se a taxa de produção aumenta enquanto o inventário e os custos operacionais permanecem constantes, haverá o aumento do lucro líquido, retorno sobre investimento e fluxo de caixa.

O OPT tem como objetivo tratar os gargalos, que podem ser em máquinas, níveis de demanda ou legais, como por exemplo, não trabalhar em feriados nacionais, e esses gargalos afetam o desempenho global da empresa e devem ser identificados e tratados.

É composto por dez regras que otimizam os três indicadores e maximizam os indicadores financeiros:

1- O nível de utilização de um não gargalo é determinado por alguma outra restrição do sistema, não por sua própria capacidade.

2- O fluxo deve ser balanceado, não a capacidade. O fluxo da produção deve ser igual à demanda do mercado.

3- Capacidade e prioridade devem ser estabelecidos levando-se em conta todas as restrições simultaneamente.

4- Os gargalos governam tanto a taxa de produção como os estoques do sistema. O gargalo nunca deve ficar sem peças para processar.Normalmente, são planejados estoques antes do gargalo para não faltar partes para o processamento.

5- Uma hora perdida num recurso gargalo é uma hora perdida em todo o sistema de produção. Esta regra ajuda a focar as decisões gerenciais nos recursos gargalo.

6- Uma hora poupada num recurso não gargalo é ilusão. A taxa de produção não irá aumentar se a produtividade aumentar num item não gargalo.

7- O lote de transferência pode não ser igual ao lote de processamento. Uma máquina não gargalo produzindo lotes grandes deve enviar suas peças para uma máquina gargalo em lotes menores, para evitar o desabastecimento do recurso gargalo.

8- Utilização e ativação de um recurso não são sinônimos. A ativação de uma máquina significa a fabricação de peças na quantidade máxima possível da máquina. A utilização significa a fabricação de peças conforme a taxa de produção. Não adianta fabricar se não houver venda do produto.

9- O lote de processamento deveria ser variável, não fixo entre as estações de trabalho. Lotes em máquinas gargalo deveriam ser maiores do que lotes em máquinas não gargalo, diminuindo assim as perdas em setup.

Os tempos de produção são resultados da programação e não podem ser determinados a priori, pois a variação no suprimento e no processo de manufatura são variações não planejadas numa base dinâmica. Desta forma, os gargalos são dinâmicos não somente na sua severidade, como também na sua intensidade, resultando em tempos de produção diferentes.

O OPT apresenta uma terminologia própria para explicar sua abordagem de planejamento e controle:

Tambor: o gargalo na produção se torna o tambor da produção, batendo o ritmo para o restante da fábrica

Corda: o trabalho na linha é puxado pela corda no ritmo do tambor, e não pela capacidade instalada.

Amortecedores: devem ser colocados amortecedores de estoque antes do gargalo para evitar que ele pare de trabalhar.

Esse sistema traz mais vantagens quando aplicado em linhas de produção complexa com várias estações de trabalho. Em fábricas onde a fábrica inteira é vista como uma unidade única de produção, os conceitos de ritmo de produção e tempo de produção/unidades fabricadas são mais utilizados na gestão da programação.

O OPT é um método de gestão da produção que auxilia as organizações a terem mais rentabilidade a partir da identificação, gerenciamento e resolução dos seus recursos considerados como gargalos.


(postagem 188)

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A Noiva da Cidade

Chico e sua música

















A Noiva da Cidade

Talvez seja o olhar de fã que vê beleza em tudo, mas o fato é que mesmo em músicas aparentemente despretensiosas Chico Buarque consegue ser genial. Vejamos o caso de “A noiva da cidade”, que aparentemente é um acalanto, quase uma cantiga de ninar, mas mesmo neste cenário Chico consegue fazer algo grande.

A música começa realmente com uma cantiga de ninar onde o cantor/narrador começa citando qualidades bem infantis da moça, como descuidada, distraída. Nesse início de canção parece que ele está falando de uma pessoa ingênua e inocente e inclusive ameaça o tutu-marambá, dizendo que a mãe da criança vai mandar matá-lo.

Mas o tom do discurso começa a mudar e o cantor/narrador começa a mostrar suas verdadeiras razões, ao perguntar se a moça não escuta o sobressalto do coração da gente. Ou seja, a moça não é tão criança assim e o narrador também não é tão bem intencionado como se mostrava no início. Ele prossegue dizendo que todo marmanjo da cidade quer ser o tutu-marambá e passa a sonhar ou questionar se a moça, distraída, estaria vestida ou dormindo em transparente.

Notem como Chico Buarque tem facilidade para trabalhar com as palavras e com o imaginário do ouvinte. Como consegue colocar poesia em uma canção que poderia facilmente pender para o chulo. Mas não. Ele domina a escrita com rara competência e prossegue com versos ainda mais poéticos.
A canção vai chegando ao fim e a moça também é desnudada, pois o cantor/narrador diz que ela sabe que quando adormece está roubando o sono de outra gente, ou seja, ela não é tão ingênua e inocente como foi mostrada no início. Quanta maldade a dessa moça, que sabe enfeitiçar.

Mas a própria canção nos faz imaginar uma bela moça, pois todo marmanjo da cidade quer entrar em seus sonhos para ser o tutu-marambá.

Curta a letra:

A Noiva da Cidade
(Chico Buarque)

Tutu-Marambá não venha mais cá
Que a mãe da criança te manda matar''
Tutu-Marambá não venha mais cá
Que a mãe da criança te manda matar''

Ai, como essa moça é descuidada
Com a janela escancarada
Quer dormir impunemente
Ou será que a moça lá no alto
Não escuta o sobressalto
Do coração da gente

Ai, quanto descuido o dessa moça
Que papai tá lá na roça
E mamãe foi passear
E todo marmanjo da cidade
Quer entrar
Nos versos da cantiga de ninar
Pra ser um Tutu-Marambá

Ai, como essa moça é distraída
Sabe lá se está vestida
Ou se dorme transparente
Ela sabe muito bem que quando adormece
Está roubando
O sono de outra gente

Ai, quanta maldade a dessa moça
E, que aqui ninguém nos ouça
Ela sabe enfeitiçar
Pois todo marmanjo da cidade
Quer entrar
Nos sonhos que ela gosta de sonhar
E ser um Tutu-Marambá

Boi, boi, boi, boi da cara preta
Pega essa menina que tem medo de careta''

(postagem 187)

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Luis Fernando Verissimo

Leitura














Luis Fernando Verissimo

Luis Fernando Verissimo nasceu em 26 de setembro 1936, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Filho do grande escritor Érico Veríssimo, iniciou seus estudos em Porto Alegre, tendo passado por escolas nos Estados Unidos quando morou lá. Em Washington também estudou música, sendo até hoje inseparável de seu saxofone.

É casado com Lúcia e tem três filhos.

Jornalista, iniciou sua carreira no jornal Zero Hora, em Porto Alegre, em fins de 1966, onde começou como copydesk mas trabalhou em diversas seções ("editor de frescuras", redator, editor nacional e internacional). Além disso, sobreviveu um tempo como tradutor, no Rio de Janeiro. A partir de 1969, passou a escrever matéria assinada, quando substituiu a coluna do Jockyman, na Zero Hora. Em 1970 mudou-se para o jornal Folha da Manhã, mas voltou ao antigo emprego em 1975, e passou a ser publicado no Rio de Janeiro também. O sucesso de sua coluna garantiu o lançamento, naquele ano, do livro "A Grande Mulher Nua", uma coletânea de seus textos.

Participou também da televisão, criando quadros para o programa "Planeta dos Homens", na Rede Globo e, mais recentemente, fornecendo material para a série "Comédias da Vida Privada", baseada em livro homônimo.

Além de diversos livros tem textos de ficção e crônicas publicadas nas revistas Playboy, Cláudia, Domingo (do Jornal do Brasil), Veja, e nos jornais Zero Hora, Folha de São Paulo, Jornal do Brasil e, a partir de junho de 2.000, no jornal O Globo.

Na opinião de Jaguar "Verissimo é uma fábrica de fazer humor. Muito e bom. Meu consolo — comparando meu artesanato de chistes e cartuns com sua fábrica — era que, enquanto eu rodo pelaí com minha grande capacidade ociosa pelos bares da vida, na busca insaciável do prazer (B.I.P.), o campeão do humor trabalha como um mouro (se é que os mouros trabalham). Pensava que, com aquela vasta produção, ele só podia levantar os olhos da máquina de escrever para pingar colírio, como dizia o Stanislaw Ponte Preta. Boemia, papos furados pela noite a dentro, curtir restaurantes malocados, lazer em suma, nem pensar. De manhã à noite, sempre com a placa "Homens Trabalhando" pendurada no pescoço."

Extremamente tímido, foi homenageado por uma escola de samba de sua terra natal no carnaval de 2.000.

Seus textos são exaustivamente lidos e conhecidos, mas vamos aproveitar a oportunidade e ler uma deliciosa crônica.


De ressaca
 (Luis Fernando Veríssimo)

Hoje, existem pílulas milagrosas, mas eu ainda sou do tempo das grandes ressacas. As bebedeiras de antigamente eram mais dignas, porque você as tomava sabendo que no dia seguinte estaria no inferno. Além de saúde era preciso coragem. As novas gerações não conhecem ressaca, o que talvez explique a falência dos velhos valores. A ressaca era a prova de que a retribuição divina existe e que nenhum prazer ficará sem castigo.

Cada porre era um desafio ao céu e às suas feras. E elas vinham: Náusea, Azia, Dor de Cabeça, Dúvidas Existenciais – as golfadas. Hoje, as bebedeiras não têm a mesma grandeza. São inconsequentes, literalmente. Não é que eu fosse um bêbado, mas me lembro de todos os sábados de minha adolescência como uma luta desigual entre a cuba-libre e o meu instinto de autopreservação. A cuba-libre ganhava sempre. Já dos domingos me lembro de muito pouco, salvo a tontura e o desejo de morte.

Jurava que nunca mais ia beber, mas, antes dos trinta, “nunca mais” dura pouco. Ou então o próximo sábado custava tanto a chegar que parecia mesmo uma eternidade. Não sei o que a cuba-libre fez com meu organismo, mas até hoje quando vejo uma garrafa de rum os dedos do meu pé encolhem.

Tentava-se de tudo para evitar a ressaca. Eu preferia um Alka-Seltzer e duas aspirinas antes de dormir. Mas no estado em que chegava nem sempre conseguia completar a operação. Às vezes dissolvia as aspirinas num copo de água, engolia o Alka-Seltzer e ia borbulhando para a cama, quando encontrava a cama. Mas os métodos variavam.

Por exemplo:

Um cálice de azeite antes de começar a beber – O estômago se revoltava, você ficava doente e desistia de beber.

Tomar um copo de água entre cada copo de bebida – O difícil era manter a regularidade. A certa altura, você começava a misturar a água com a bebida, e em proporções cada vez menores. Depois, passava a pedir um copo de outra bebida entre cada copo de bebida.

Suco de tomate, limão, molho inglês, sal e pimenta – Para ser tomado no dia seguinte, de jejum. Adicionando vodca ficava um bloody-mary, mas isto era para mais tarde um pouco.

Sumo de uma batata, sementes de girassol e folhas de gelatina verde dissolvidas em querosene – Misturava-se tudo num prato pirex forrado com velhos cartões do sabonete Eucalol. Embebia-se um algodão na testa e deitava-se com os pés na direção da ilha de Páscoa. Ficava-se imóvel durante três dias, no fim dos quais o tempo já teria curado a ressaca de qualquer maneira.

Uma cerveja bem gelada na hora de acordar – Por alguma razão o método mais popular.

Canja – Acreditava-se que uma boa canja de galinha de madrugada resolveria qualquer problema. Era preciso especificar que a canja era para tomar. No entanto, muitos mergulhavam o rosto no prato e tinham de ser socorridos às pressas antes do afogamento.

Minha experiência maior era com a cuba-libre, mas conheço outros tipos de ressaca, pelo menos de ouvir falar. Você sabia que o uísque escocês que tomara na noite anterior era paraguaio quando acordava se sentindo como uma harpa guarani. Quando a bebedeira com uísque falsificado era muito grande, você acordava se sentindo como uma harpa guarani e no depósito de instrumentos da boate Catito’s em Assunção.

A pior ressaca era de gim.

Na manhã seguinte, você não conseguia abrir os dois olhos ao mesmo tempo. Abria um e quando abria o outro, o primeiro se fechava. Ficava com o ouvido tão aguçado que ouvia até os sinos da catedral de São Pedro, em Roma.

Ressaca de martini doce: você ia se levantar da cama e escorria para o chão como óleo. Pior é que você chamava a sua mãe, ela entrava correndo no quarto, escorregava em você e deslocava a bacia.

Ressaca de vinho. Pior era a sede. Você se arrastava até a cozinha, tentava alcançar a garrafa de água e puxava todo o conteúdo da geladeira em cima de você. Era descoberto na manhã seguinte imobilizado por hortigranjeiros e laticínios e mastigando um chuchu para alcançar a umidade. Era deserdado na hora.

Ressaca de cachaça. Você acordava sem saber como, de pé num canto do quarto. Levava meia hora para chegar até a cama porque se esquecera como se caminhava: era pé ante pé ou mão ante mão? Quando conseguia se deitar, tinha a sensação que deixara as duas orelhas e uma clavícula no canto.

Olhava para cima e via que aquela mancha com uma forma vagamente humana no teto finalmente se definira. Era o Peter Pan e estava piscando para você.

Ressaca de licor de ovos. Um dos poucos casos em que a lei brasileira permite a eutanásia.
Ressaca de conhaque. Você acordava lúcido. Tinha, de repente, resposta para todos os enigmas do universo. A chave de tudo estava no seu cérebro. Devia ser por isso que aqueles homenzinhos estavam tentando arrombar a sua caixa craniana. Você sabia que era alucinação, mas por via das dúvidas, quando ouvia falar em dinamite, saltava da cama ligeiro.

Hoje não existe mais isto. As pessoas bebem, bebem e não acontece nada. No dia seguinte estão saudáveis, bem-dispostas e fazem até piadas a respeito.

De vez em quando alguns dos nossos se encontram e se saúdam em silêncio. Somos como veteranos de velhas guerras lembrando os companheiros caídos e o nosso heroísmo anônimo.

Estivemos no inferno e voltamos, inteiros.

Um brinde.

E um Engov.

(postagem 186)

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Como pedalar melhor - Parte 4

Bike














Como pedalar melhor - Parte 4

O assunto é longo e além de longo é importante, portanto estamos tratando em 4 partes.

O que fazer, como fazer, quando fazer... enfim, saiba tudo de “como pedalar melhor” nesses posts que iniciamos no dia 07/07, tivemos mais duas partes e hoje estamos finalizando.

Boa leitura!

plano, subida, descida...
 
Pedalando no plano:

1. sempre comece devagar para seu corpo se adaptar

2. gire o pedal entre 60 e 90 voltas por minuto.

3. não fique o tempo todo sentado no selim: use suas pernas como amortecedor

4. encontre um giro de pedal que é cômodo para o momento

5. mudar um pouco a cadência de tempo em tempo descansa

6. mesmo com pressa não saia feito louco ou vai pifar antes de chegar.


Pedalando na subida:

1. não é importante como você começa a subida; o importante é como você a termina

2. o psicológico cansa tanto ou mais que a própria subida

3. evite mudar a marcha antes de começar a subida

4. deixe a perna sentir a subida e só então reduza a marcha

5. reduzir uma marcha por vez, com calma, ajuda muito

6. estabilize sua respiração alongando os tempos de inalação

7. não olhe para cima, nem pense em quanto falta


Vento:

1. quanta poeira! Cadê meus óculos?

2. para que lado está o vento? ou a ida ou a volta vai ser complicada

3. conforme a velocidade do vento a coisa fica muito complicada

4. muito cuidado com vento de lufadas

5. cuidado ao sair de uma sombra de vento (um obstáculo que freia o vento)

6. pare a bicicleta ou evite pedalar com chuva e vento forte

7. pedalando em dois dá para revezar quem fica no vácuo (uma espécie de sombra de vento)

8. caminhão grande gera um deslocamento de ar suficiente para derrubar ou jogar o ciclista no meio da pista


Pedalando na descida:

1. controle a ansiedade que normalmente é mais perigosa que a descida

2. quanto mais relaxado melhor

3. braços e pernas dobrados e soltos

4. mãos firmes, mas não travadas

5. dois dedos nos manetes de freio

6. apóie o corpo nos pedais, tire o corpo do selim

7. se a descida for muito inclinada, jogue o corpo para trás

8. freie cuidadosamente os dois freios e evite travar a roda traseira

9. olhe para onde você tem que ir, nunca para onde você pensa que vai bater


Pedalando grandes distâncias
 
1. um dia antes: beba bastante água e alimente-se com pratos leves e pouco gordurosos

2. tenha em mente: o negócio é completar a distância

3. comece com calma, num ritmo mais lento que o normal

4. deixe a musculatura soltar-se

5. enfrente as subidas num ritmo um pouco mais lento que o habitual

6. não desconte tudo na descida: pense na segurança!

7. beba água antes de sentir sede, sem se exceder.

8. mude sua posição na bicicleta com certa freqüência

9. mude sua cadência (ritmo de pedalada) de vez em quando

10. quanto menor o número de erros, mais fácil é chegar lá

11. alimente-se um pouco a cada hora com algo leve.

12. água de coco e bananas fazem milagres

13. um cafezinho expresso não faz mal, muito pelo contrário

14. experimente feijoada e cerveja no meio do pedal e irá arder no inferno!


Cansou, não deu? Não há vergonha em voltar de carona. Vergonha mesmo é se arrebentar para provar que consegue chegar lá de qualquer forma.

(postagem 185)

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Geraldo Vandré

Música
















Geraldo Vandré

Nome artístico de Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, paraibano, (João Pessoa, 12 de setembro de 1935) é um cantor e compositor brasileiro.

Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1951, tendo ingressado na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Militante estudantil, participou ativamente do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Em 1966, chegou à final do Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com o sucesso Disparada, interpretada por Jair Rodrigues. A canção arrebatou o primeiro lugar ao lado de A Banda, de Chico Buarque. Em 1968, participou do III Festival Internacional da Canção com Pra não dizer que não falei de flores ou Caminhando.

A composição era um hino de resistência contra o governo militar e foi censurada. O Refrão "Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer" foi interpretado como uma chamada à luta armada contra os ditadores. O sucesso acabou em segundo lugar no festival, perdendo para Sabiá, de Chico Buarque e Tom Jobim.

Simone foi a primeira artista a cantar Pra não dizer que não falei de flores depois do fim da censura, conquistando enorme sucesso de público e crítica.

Ainda em 1968, com o AI-5, Vandré foi obrigado a exilar-se. Depois de passar dias escondido na fazenda da viúva de Guimarães Rosa, morto no ano anterior, o compositor partiu para o Chile e, de lá, para a França. Voltou ao Brasil em 1973. Até hoje, vive em São Paulo e compõe. Muitos, porém, acreditam que Vandré tenha enlouquecido por causa de supostas torturas que ele teria sofrido. Dizem que uma das agressões físicas que sofreu foi ter os testículos extirpados, após a realização de um show, por policiais da repressão. O músico, no entanto, nega que tenha sido torturado e diz que só não se apresenta mais porque sua imagem de "Che Guevara Cantor" abafa sua obra.

Em homenagem a esse estupendo compositor e também a Jair Rodrigues, que nos deixou há tão pouco tempo, vamos ler e ouvir Disparada.

Disparada 
(Geraldo Vandre/Theo de Barros)

Prepare o seu coração prás coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo
Estava fora do lugar, eu vivo prá consertar

Na boiada já fui boi, mas um dia me montei
Não por um motivo meu, ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu

Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente, pela vida segurei
Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando
As visões se clareando, até que um dia acordei

Então não pude seguir valente em lugar tenente
E dono de gado e gente, porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente
Se você não concordar não posso me desculpar
Não canto prá enganar, vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar

Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém, que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do que eu

Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte num reino que não tem rei



Ouvir













https://www.youtube.com/watch?v=HpdUjesXtpc


(postagem 184)

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

O Papel da Auditoria Interna na Gestão da Qualidade

Qualidade
















O Papel da Auditoria Interna na Gestão da Qualidade

Fonte: http://www.prodfor.com.br/

Falar em auditorias tem causado certo temor nas pessoas. As causas deste temor parecem estar ligadas a atitudes equivocadas de alguns auditores, que conduzem entrevistas como se fosse uma investigação policial, e à condução de auditorias com foco em encontrar culpados para erros nos processos. É constrangedor para um auditor de sistemas encontrar pessoas, durante as entrevistas, apresentando um nervosismo tão elevado que não conseguem falar. Uma expressão comum entre estas pessoas é: "Esta semana vamos sofrer uma auditoria."

Mas o propósito de utilização das auditorias internas de sistemas de gestão é bem diferente. Quando implementamos um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), principalmente em organizações de pequeno e médio porte, a intenção é gerar uma sistemática de apoio à gestão empresarial.

As auditorias internas permitem ao gestor da área ou do processo auditado realizar avaliações periódicas bem realistas, da situação de implementação e manutenção das sistemáticas de trabalho estabelecidas. Também permitem à alta Direção avaliar como os objetivos e metas da organização, bem como a Política da Qualidade, estão sendo compreendidos e alcançados pelas equipes.

Não é mais aceitável que as auditorias internas sejam utilizadas para indicar culpados por falhas nos processos. Deming, um dos mestres da Qualidade, constatou em pesquisas realizadas no Japão e nos EUA que 80% dos problemas das organizações estão relacionados aos processos e apenas 7% estão relacionados com atitudes das pessoas (os outros 13 % são causas diversas). Isto significa que, se focarmos as pessoas ou culpados nas auditorias, certamente causará insatisfações, medo e desmotivação.

As áreas gestoras do SGQ (Coordenação ou Escritório da Qualidade), bem como o Representante da Direção, têm uma responsabilidade fundamental na formação e conscientização dos dirigentes quanto ao papel das auditorias e à utilização dos resultados das mesmas na gestão empresarial, através das análises críticas do SGQ. É preciso que haja um envolvimento e comprometimento da liderança da organização com o Sistema de Gestão da Qualidade para que as auditorias exerçam seu papel fundamental.

Auditores experientes e bem preparados poderão exercer o correto papel de avaliadores do SGQ implementado, conduzindo auditorias de forma adequada e levantando pontos relevantes a serem melhorados nos processos. As empresas atualmente têm enviado para os cursos de formação de auditores internos pessoas que não possuem um conhecimento mínimo de sistemas de gestão e até mesmo dos requisitos do SGQ. Isto dificulta a absorção dos conhecimentos pelo auditor durante o curso. Poucas empresas têm investido corretamente na formação de seus auditores e, posteriormente, reclamam de sua atuação.

Um bom auditor interno passa a ser um profissional melhor preparado na empresa, pois passa a conhecer os diversos processos e suas interações, melhorando com isto sua interação e desempenho no próprio ambiente de trabalho.

Outro fator relevante é a abordagem dada pelas áreas auditadas aos resultados das auditorias internas. Quando uma área (ou processo) é penalizada pelo apontamento de não-conformidades durante as auditorias, é provável que nela comece a ser gerado medo. Assim, as oportunidades de melhoria detectadas são tratadas com rejeição e suas causas fundamentais não são corretamente identificadas.

Enfim, precisamos entender melhor o papel das auditorias internas como uma ferramenta de medição dos processos da organização e, consequentemente, de apoio à gestão empresarial. Quando isto ocorrer, os gestores passarão a solicitar auditorias com frequência mais adequada, a requisitar auditores mais experientes e a utilizar os resultados das auditorias na introdução de melhorias. Poucas empresas e gestores têm compreendido este desafio e tirado o proveito adequado das auditorias internas.

(postagem 183)

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

10 mandamentos dos corredores de rua

Corridas e Caminhadas













10 mandamentos dos corredores de rua

Pequenos hábitos e atitudes que podem tornar a sua corrida ainda melhor

Fonte: http://o2porminuto.ativo.com/corrida-de-rua/


Há muitas atitudes que os atletas tomam durante uma corrida que atrapalham os outros ou a si próprio. Em algum momento, você com certeza já se irritou com algo durante a corrida ou abusou demais de um treino. Ter consciência disso e buscar outras maneira de agir pode ser bom para você, para os demais e (até!) ajudar no seu desempenho.

1 – Não correrás todos os dias

Você precisa descansar por dois dias por semana, pelo menos. Lembre-se que o descanso também faz parte do treinamento.

2 – Monitorarás o seu rendimento

Hoje, existem diversas tecnologias que são capazes de monitorar as variáveis do seu treinamento, a frequência cardíaca e o seu pace (tempo por km). Desta forma, você poderá analisar melhor os limites do seu corpo e terá dados concretos para a prescrição do melhor treinamento.

3 – Não abusarás de seus tênis

Os seus pisantes não são eternos. Embora possam parecer novos, eles perdem o amortecimento e estabilidade ao longo do tempo, e isto pode prejudicar o seu desempenho e, até mesmo, ocasionar lesões.

4 – Respeitarás as horas de sono

É fundamental que você invista em um bom tempo de sono (e de qualidade). Enquanto dorme, seu corpo recupera corretamente os danos de um exercício intenso e te prepara para um novo dia de corrida.

5 – Ouvirás o seu corpo

Se você sair para correr e sentir um desconforto muscular, pare. Pode ser um sinal do seu próprio corpo para que você diminua o ritmo e evite possíveis lesões. Desacelere e descanse. Caso a dor persista, procure um especialista.

6 – Farás um “checkup” médico

Os exames médicos são fundamentais para a sua segurança e para definir suas limitações. Na maioria das vezes, um pequeno problema não detectado precocemente pode agravar-se com o decorrer dos treinos, e por em risco toda sua temporada.

A cada seis meses ou, no mínimo, a cada um ano, procure realizar testes ergométrico ou ergoespirométrico, com acompanhamento de um cardiologista. Outra dica é procurar por uma boa avaliação ortopédica para não ter problemas futuros.

7 – Farás um aquecimento adequado

O aquecimento deixará o organismo mais preparado para o ritmo a ser imposto durante a prova ou treino. Com exercícios de baixa intensidade, o seu corpo sairá do “estado de repouso” e seu organismo estará mais preparado para correr.

8 – Farás inscrição nas provas

A estrutura de uma corrida é elaborada de acordo com o número de participantes inscritos. Portanto, os corredores “pipocas”, que não se inscrevem, não existem nos números oficiais. E isso pode atrapalhar aqueles que optaram por seguir as regras, gerando, por exemplo, um abastecimento inadequado nos postos de hidratação e número menor de banheiros químicos.

9 – Não empurrarás o próximo

O empurra-empurra na hora da largada é muito comum, afinal, são milhares de pessoas juntas em um único espaço. Isso pode causar desentendimentos e acidentes – se um atleta cair, é bem provável que outros também tropecem. Não tenha pressa, até porque seu tempo na prova só começará a ser contado a partir do momento em que você passar pelo pórtico.

10 – Não jogarás lixo na pista

Ao passar pelos postos de hidratação, muitos corredores acabam jogando no chão os copinhos ou garrafas plásticas. Mas o problema maior está no local onde eles largam o lixo. A maioria acaba jogando em qualquer lugar, principalmente no meio da pista, e isso pode causar algum acidente, como alguém tropeçar e cair. A ideia é carregar copos ou garrafas até o próximo ponto de hidratação ou, em caso de embalagens menores, guardar dentro do bolso.

(postagem 182)

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Crônica: Domingo de futebol

Contos e Crônicas














Domingo de futebol

Candinho acordou cedo naquele domingo, como em todos os domingos, aliás. Fez um café, deu comida para os passarinhos, limpou as gaiolas e foi se arrumar para ir à missa. Essa era a vida de Candinho e ele não reclamava, muito pelo contrário, ele gostava muito dos domingos exatamente por essas pequenas coisas que para ele eram pequenas alegrias.

Missa, almoço na casa da sogra, sesta depois do almoço, “meio dedo de prosa” com o sogro e estava completa a primeira metade do seu domingo. A segunda metade começava com a caminhada de mãos dadas com a “patroa” até sua casa, algumas horas na frente da televisão vendo aqueles programas dominicais mais que previsíveis e insuportáveis, mas que ele agüentava pacientemente e entremeados de cochilos, tudo para agradar a esposa que, extasiada, sorria, chorava e se emocionava vendo na tela da TV a vida dos artistas passar ao vivo e a cores.

Como tudo que é ruim uma hora termina, aqueles programas também terminam por um excelente propósito, chega a hora do futebol. Neste momento Candinho desperta completamente dos cochilos que vem dando e se arruma na frente da TV com todo cuidado, afinal a posição em que ele está para ver o jogo tem influência decisiva no resultado da partida. Se fica deitado distraído seu time começa a tomar um sufoco até que o inevitável gol adversário aconteça. Se ele se deita em posição menos relaxada a partida passa a ficar mais disputada, o mesmo acontecendo quando ele está sentado. Mas isso nao é uma ciência exata, tudo isso pode se mudar completamente, portanto é preciso estar atento e concentrado, pois até uma ida ao banheiro pode fazer desandar uma partida já ganha. Atender ao telefone, então, é tragédia na certa, tanto é que quando toca o telefone em horário de jogo Candinho faz questão de ignorar, não atende a ninguém. Simplesmente manda falar que está ocupado.

Jogo é uma coisa muito séria e Candinho sabe muito bem disso, portanto ele se concentra muito nessas ocasiões para não ser o culpado por um resultado ruim do seu time do coração.

Terminado o jogo começa a seção de atritos familiares, pois Candinho quer ver e ouvir até o último repórter de campo entrevistar o último jogador que se dispõe a falar, e isso pode demorar desde alguns poucos minutos, até horas. Entrevistas em campo, análises de comentaristas que tiveram tempo de ver e rever vídeo-tapes dezenas de vezes, entrevistas coletivas de técnicos, jogadores, gandulas, juízes e quem mais puder falar alguma coisa, importante ou não, sobre o jogo. Esse é o problema, pois a esposa de Candinho, que cochilou a maior parte do jogo, se vê no direito de mudar de canal para continuar vendo o programa dominical que tanto estava interessante, mas outros canais continuam passando entrevistas, debates, análises, etc.

Esse é o momento em que a família se separa. Candinho sucumbe ao desejo da esposa e vai para o quarto ver seus debates e entrevistas na TV de 14 polegadas que, para esse fim, está mais do que suficiente.
Ali ele concorda, discorda, xinga, debate com especialistas, mesmo que apenas interiormente, ouve e, na maioria da vezes, acata as opiniões dos que defendem o seu time e continua discordando dos que achincalham o mesmo. Afinal o domingo foi feito para isso, para missa, almoço, futebol e mesa redonda.

Isso tudo se seu time ganhou, pois se perdeu ele, pacientemente, permanece sentado ao lado da esposa vendo a vida dos artistas que passa na TV.

(postagem 181)

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Lean Office: Outras Categorias de Desperdícios

Gestão












Lean Office: Outras Categorias de Desperdícios

Enrico Pedrassolli

Fonte: http://www.lean.org.br/


O Lean Office visa interpretar os conceitos enxutos com o intuito de aplicá-los em fluxos de informações que não acompanham fluxos de materiais ou processos de montagem.

Segundo Tapping e Shuker (2003), a área administrativa acaba sendo responsável por 60 a 70% de todos os custos associados ao atendimento da demanda do cliente. Isso mostra uma grande oportunidade em termos de competitividade para empresas que procurarem explorar o universo do Lean Office.

O intuito desse artigo não é abordar a metodologia do lean office e sim destacar algumas categorias de desperdícios que poderão contribuir para a identificação de oportunidades em uma análise de Mapeamento de Fluxo de Valor.

Vamos então aos desperdícios:

Alinhamento de objetivos: é a energia gasta com pessoas trabalhando com objetivos mal entendidos e o esforço necessário para corrigir o problema e produzir o resultado esperado

Espera: é o recurso perdido enquanto pessoas esperam por informações, reuniões, assinaturas, o retorno de uma ligação e assim por diante

Controle: É a energia usada para controlar e monitorar e que não produz melhorias no desempenho

Variabilidade: São recursos utilizados para compensar ou corrigir resultados que variam do esperado

Alteração: É o esforço utilizado para mudar arbitrariamente um processo sem conhecer todas as consequências e os esforços seguintes para compensar as consequências inesperadas

Padronização: É a energia gasta por causa de um trabalho não ter sido feito da melhor forma possível por todos os responsáveis

Agenda: É a má utilização dos horários e da agenda

Processos informais: ocorre quando recursos são usados para criar e manter processos informais que substituem os processos oficiais ou que conflitam com outros processos informais, e também os recursos utilizados para corrigir os erros causados por esse sistema

Fluxo irregular: Recursos investidos em materiais ou informações que se acumulam entre as estações de trabalho e criam desperdício de fluxo irregular

Checagens desnecessárias: é o esforço usado para inspeções e retrabalhos

Tradução: é o esforço requerido para alterar dados, formatos e relatórios entre passos de um processo ou seus responsáveis

Informação perdida: ocorre quando recursos são requeridos para reparar ou compensar as consequências da falta de informações chave

Falta de integração: é o esforço necessário para transferir informações (ou materiais) dentro de uma organização (departamento ou grupos) que não estão completamente integradas à cadeia de processos utilizados

Irrelevância: Esforços empregados para lidar com informações desnecessárias ou esforços para fixar problemas que isso causa

Inventário: É todo o recurso aplicado a um serviço antes dele ser requerido, todos os materiais que não estão sendo utilizados e todos os materiais que já estão prontos para serem entregues e estão aguardando

Ativos subutilizados: São os equipamentos e prédios que não estão sendo usados de forma máxima

De posse dessas categorais de desperdícios, fica muito mais simples identificar oportunidades de melhoria em um Mapeamento de Fluxo de Valor atual e teremos um bom norte para projetar o Mapeamento de Fluxo de Valor futuro.

(postagem 180)